A disponibilidade de oferta de algodão, tanto lá fora como aqui dentro, pressionou as cotações domésticas. Os referenciais externos tiveram leves ganhos para a pluma em novembro, mas o mercado físico brasileiro andou na contramão no mês, informou a SAFRAS Consultoria.
A indústria trabalhou da mão para boca ao longo da semana, mas foi perdendo o ritmo e ficou mais retraída. Com isso, na quinta-feira (30), o preço do algodão colocado no polo industrial de São Paulo girou em torno de R$ 3,91/libra-peso. Na quinta (23), o algodão estava cotado a R$ 3,90/libra-peso, houve ganhos de 0,26%. Mas no mesmo período do mês de outubro, quando a pluma trocava de mãos a R$ 3,96/libra-peso, teve uma queda de 1,26%.
No FOB porto de Santos, o algodão encerrou a 75,21 centavos/lb ante 75,86 centavos/lb da semana anterior, uma desvalorização de 0,59%. Diante dessas perdas e da demanda mais curta, o vendedor brasileiro buscou ser mais competitivo na Bolsa de Nova York. O valor do prêmio pago pelo produto nacional ficou em -4,65 centavos. Há uma semana era -5,05 centavos e há um mês era -7,97 centavos/libra-peso contra o contrato Março/24 na ICE US.
Produção da Índia – USDA
A produção de algodão da Índia está estimada em 26 milhões de fardos no ano comercial 2023/24 (que inicia em agosto de 2023), ante 26,3 milhões no período anterior. As informações são do Gain Report, do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). A área está prevista em 12,7 milhões de hectares, ante 12,927 milhões no período anterior.
As exportações do país foram projetadas em 2 milhões de fardos para 2023/24, ante 1,099 milhão no período anterior. O consumo doméstico deve atingir 24 milhões de fardos, ante 23,5 milhões de fardos em 2022/2023. Os estoques finais foram previstos em 12,824 milhões de fardos para 2023/2024, ante 11,824 milhões na temporada anterior.