O mercado se despede do mês de novembro renovando recordes, apesar de uma liquidez bastante reduzida e um consumo interno lento. Conforme o analista e consultor de SAFRAS & Mercado, Evandro Oliveira, estimativas anteriores de que os preços atingiriam um “teto” neste final de ano, agora estão envoltas em incertezas.
“Logo, diante deste cenário, uma parte da indústria está comprando a preços elevados, enquanto os produtores, confiantes nessa perspectiva, não estão se apressando para vender e estão demandando valores cada vez mais altos”, relata o analista.
Esse comportamento sinaliza uma mudança significativa na dinâmica da comercialização e implica uma nova abordagem no setor de beneficiamento, que agora precisa considerar a formação de estoques a partir da próxima safra. “No entanto, é importante estar atento aos sinais de alerta, especialmente com o aumento expressivo dos preços que gradualmente chega aos consumidores finais”, pondera Oliveira.
Nesse contexto, conforme o consultor, a possibilidade de intervenção do governo, como a retirada da Tarifa Externa Comum (TEC), pode se tornar uma variável importante, potencialmente favorecendo a importação do cereal.
A média da saca de 50 quilos de arroz em casca no Rio Grande do Sul (58/62% de grãos inteiros e pagamento à vista) encerrou o dia 31 de novembro cotada a R$ 117,83, apresentando um avanço de 2,29% em relação à semana anterior. Em comparação ao mesmo período do mês passado, houve uma alta de 13,19%. E um aumento de 37,56% quando comparado ao mesmo período de 2022.