Com o intuito de fortalecer a cadeia produtiva do leite em Goiás, o Governo Estadual propôs ao Ministério do Desenvolvimento Regional a criação de uma linha de crédito específica dentro do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO) externo para a bovinocultura leiteira. O FCO Leite visa oferecer taxas de juros mais baixas e um período de carência mais longo para pagamento, concentrando-se em financiar projetos que enfatizem o aprimoramento genético dos rebanhos.
A proposta para a criação do FCO Leite está sob análise do Conselho Deliberativo de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Condel/Sudeco), órgão responsável pela gestão do FCO. Segundo a sugestão, esta nova linha de crédito terá taxas de juros equivalentes ao FCO Verde, aproximadamente 7% ao ano, e um prazo de pagamento de até 15 anos, incluindo uma carência de quatro anos, período não incluído na quitação do financiamento. Além disso, a proposta contempla uma taxa de juros zerada para aquisição de material genético.
O secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Pedro Leonardo Rezende, destaca: “Nosso foco principal é estimular o avanço genético do rebanho leiteiro em Goiás. Já possuímos algumas fazendas que são referências globais em genética avançada. a esse material. Investir em genética de alto nível significa valorizar o nosso produto, seja o leite ou o próprio animal, e isso é crucial para a sustentabilidade da cadeia.”
Para viabilizar esses investimentos, aproximadamente R$ 300 milhões dos recursos disponíveis através do FCO já foram reservados para projetos nesse segmento. César Moura, secretário da Retomada e presidente do Conselho de Desenvolvimento do Estado (CDE), gestor do FCO em Goiás cementou a respeito. “A previsão é atender cerca de 2.500 pequenos produtores goianos com o FCO Leite, uma iniciativa do governador Ronaldo Caiado, que despertou o interesse da Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco) para ampliá-la a todos os estados da região” ressalta o secretário.