As cotações futuras do açúcar tinham alta expressiva nas bolsas de Nova York e Londres nesta tarde de quarta-feira (23). O mercado passou a ganhar força com a informação de que a Índia pode proibir suas exportações do adoçante depois de sete anos.
Por volta das 12h45 (horário de Brasília), o vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York tinha valorização de 1,24% no dia, cotado a 23,70 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato tinha alta de 0,98%, a US$ 688,30 a tonelada.
O mercado do açúcar iniciou o dia com baixa acompanhando o petróleo no financeiro. Porém, a informação de que a Índia deve proibir usinas de exportar açúcar na próxima temporada, que começa em outubro, depois de sete ano passou a impactar.
“Nosso foco principal é atender às necessidades locais de açúcar e produzir etanol a partir do excedente de cana-de-açúcar”, disse para a agência de notícias Reuters uma fonte do governo que pediu para não ser identificada.
Com isso, por mais uma temporada, a safra do Centro-Sul do Brasil será fundamental para o abastecimento global. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), inclusive, elevou na semana passada para 40,9 milhões de t a produção do adoçante em 2023/24.
No financeiro, o mercado do açúcar também encontra suporte da queda do dólar sobre o real, o que tende a desencorajar as exportações e dar suporte aos preços.