Corredores de exportação sofrem com os efeitos do El Niño

Em decorrência da grave seca que assola o Norte do Brasil, os fretes rodoviários nos corredores de exportação de soja e milho atingiram o menor nível de 2023. A região, impactada pelo fenômeno climático El Niño, enfrenta dificuldades logísticas significativas, afetando o fluxo logístico do chamado Arco Norte. O Arco Norte engloba as rotas que conectam os polos produtores em Mato Grosso ao ponto de transbordo para hidrovia em Miritituba, no Pará.

O transporte desses grãos é realizado por caminhões ao longo da rodovia BR-163, chegando a Miritituba para, posteriormente, serem carregados em barcaças e seguir pelo rio Tapajós até os portos no Norte e Nordeste do país.De acordo com levantamento realizado pela Argus, a seca tem impactado diretamente os rios utilizados como hidrovias, reduzindo seus níveis e, consequentemente, restringindo a navegação. As cidades de Itacoatiara (AM), Barcarena e Santarém (PA) são particularmente afetadas. Desde maio, a região Norte registra níveis de chuva abaixo do esperado, sendo a seca na região do rio Negro considerada a pior desde 1902, de acordo com informações do porto de Manaus.

Diante desse cenário, os fretes de grãos dos corredores da região, principalmente a partir do estado de Mato Grosso, o maior produtor de soja do país, estão em declínio. A limitação na navegação fluvial resulta em tempos de descarregamento mais prolongados e, em alguns casos, incertos.

 

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