Nas quatro primeiras semanas de setembro o Brasil embarcou 6.600.887 toneladas de milho não moído (exceto milho doce) para exportação, de acordo com o mais recente reporte da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Isso já representa 2,7% a mais do que o total exportado em setembro de 2022 (6.421.876 toneladas).
Com isso, a média diária de embarques nestes 15 primeiros dias úteis ficou em 440.059,1 toneladas, o que na comparação ao mesmo período do ano passado, representa elevação de 43,9% com relação as 305.803,6 do nono mês de 2022.
Com uma grande oferta de milho chegando ao mercado ao final da colheita da segunda safra que rendeu cerca de 105 milhões de toneladas em 2023, as exportações aquecidas é que estão segurando os preços e mantendo as cotações lateralizadas neste momento no país.
Essa é a análise do Consultor de Grãos e Projetos da Agrifatto, Stefan Podsclan, que destaca o recorde de embarques registrado em agosto, a perspectiva de novo recorde em setembro, devendo bater 10 milhões de toneladas. O consultor ainda aponta que os line-ups brasileiros estão se mantendo fortes com 6,2 milhões de toneladas já comprometidas para outubro e outras 300 mil já fechadas para novembro.
Em termos financeiros, o Brasil arrecadou um total de US$ 1,535 bilhão no período, contra US$ 1,809 bilhão de todo setembro do ano passado. O que na média diária, deixa o atual mês com elevação de 18,8% ficando com US$ 102,340 milhões por dia útil contra US$ 86,153 milhões no último mês de setembro.
Já o preço por tonelada obtido caiu 17,5% no período, saindo dos US$ 281,70 no ano passado para US$ 232,60 no mês.