Após o bom ritmo verificado em abril, as exportações brasileiras de carne suína (considerando-se produtos in natura e processados) registraram leve recuo em maio. Ainda assim, o volume avançou frente ao registrado há um ano.
Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), em maio, o Brasil embarcou 100,6 mil toneladas de carne suína, volume 2,7% menor que em abril, mas 14,2% acima do
escoado em maio de 2022. A média diária de embarques foi de 4,1 mil toneladas, 19,8% abaixo da registrada em abril, porém, 14,2% acima da de maio/22.
Ainda de acordo com a Secex, a receita obtida somou R$ 1,2 bilhão em maio, 0,8% abaixo da registrada no mês anterior, mas expressivos 24,2% superior à arrecadada há um ano.
A diminuição nos embarques brasileiros esteve atrelada à retração dos envios a dois grandes parceiros do setor suinícola nacional, Hong Kong e Singapura. Os embarques brasileiros a
Hong Kong somaram 9 mil toneladas em maio, volume 35,3% menor que o de abril.
Para Singapura, a queda mensal no volume escoado pelo Brasil foi de 34,4%, somando 5,2 mil toneladas em maio. Os envios à China, principal parceiro comercial do País, também recuaram, mas em menor intensidade. Em maio, foram 32,9 mil toneladas de carne suína escoadas ao destino asiático, 2,1% menos que em abril.
Por outro lado, o volume embarcado ao Chile cresceu 15,6% de abril para maio, somando 6,8 mil toneladas no último mês. Vale lembrar que, em maio, um acordo de pre-listing foi fechado
entre o Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária) e autoridades do governo chileno, desburocratizando o acesso de novas plantas exportadoras brasileiras ao mercado daquele
país.
Além disso, o México – após registrar aumento de mais de oito vezes nas importações de março para abril – continua se destacando e aumentando as aquisições da carne suína brasileira. Em maio, foram 3,7 mil toneladas de carne brasileira exportada ao país mexicano, mais que o dobro do mês anterior.