Em julho, o ritmo das exportações brasileiras de carne suína (considerando-se produtos in natura e processados) ficou abaixo do de junho, mas registrou forte avanço frente ao de julho de
2022, sendo também o quinto mês consecutivo de volume exportado acima de 100 mil toneladas. De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) analisados pelo Cepea, o Brasil exportou 104,2 mil toneladas de carne suína no último mês, quantidade 2,6% menor que a embarcada em junho, mas ainda 9,8% superior à enviada ao mercado internacional no mesmo período do ano passado.
Em termos financeiros, o montante arrecadado em julho foi de R$ 1,19 bilhão, 6,2% menor que o de junho, porém, 0,5% superior ao de julho/22. Em dólar, houve queda de 5,4% no comparativo mensal, mas expressivo aumento de 12,4% no anual, para US$ 248 milhões no último mês. O menor volume exportado em julho refletiu reduções nas importações dos principais compradores da proteína nacional, como Filipinas (-11%), Hong Kong (-20%) e Chile (- 2,5%), que receberam, respectivamente, 11,4 mil toneladas, 7,7 mil toneladas e 6,9 mil
toneladas do produto no último mês.
Em contrapartida, os embarques a outros importantes destinos, como Vietnã e China (ainda o maior importador da carne suína brasileira), aumentaram de junho para julho, em 17,4% e 0,4%, respectivamente, para 6,8 mil toneladas e 38,3 mil toneladas, ainda conforme dados da Secex. No dia 4 de agosto, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) divulgou uma nota
confirmando acordo fechado com Singapura para envio de carne suína processada ao país.
Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o consumo per capita de carne suína é elevado em Singapura, onde uma crescente demanda por produtos de alto valor
agregado vem sendo observada. Com isso, a Associação se mostra otimista com relação a um possível incremento nas exportações da proteína brasileira.