As exportações brasileiras de carne suína, considerando-se produtos in natura e industrializados, recuaram de março para abril. Apesar disso, o volume embarcado no último mês ainda teve o segundo melhor desempenho de 2023, sendo recorde para um mês de abril, considerando-se toda a série histórica da Secex, iniciada em 1997.
De acordo com dados da Secex, em abril, 103,4 mil toneladas de carne suína foram embarcadas pelo Brasil, volume 2,3% inferior ao de março – devido ao menor número de dias úteis no mês – , mas 17% acima do registrado em abril de 2022.
Ainda conforme a Secex, em termos financeiros, a receita arrecadada com as exportações de carne suína somou R$ 1,25 bilhão em abril deste ano, 2,6% abaixo da de março, porém, fortes 37,9% superior à de abril/22. Inclusive, trata-se da segunda maior receita obtida em um mês de abril em toda a
série histórica, ficando atrás somente da auferida em 2021 (R$ 1,28 bilhão).
Quanto aos demandantes da carne brasileira, a China, o principal parceiro, e o Chile diminuíram as aquisições em 7,6% e 23,6% em relação ao
mês anterior, respectivamente, sendo destinos de 33,6 mil toneladas e de 5,9 mil toneladas em abril, ainda conforme a Secex.
Por outro lado, a Angola intensificou as compras no último mês. Em abril, o país africano foi destino de 3,19 mil toneladas de carne suína, aumento de expressivos 81,8% em relação a março. O México vem se destacando e elevando as compras da proteína brasileira: em abril, o país foi destino de 1,82 mil toneladas da proteína, volume mais de oito vezes maior que
o do mês anterior.
De acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o México ampliou a abertura do mercado para a carne suína brasileira. Diante disso, o Brasil pode exportar sem a necessidade de passar por processamento térmico. A retirada desta restrição mostra o nível de credibilidade da carne no cenário internacional, o que, por sua vez, pode beneficiar o setor exportador suinícola nacional na conquista de novos mercados, além de
tornar os processos menos burocráticos.