Exportações gaúchas de carne de frango registram queda de 2% em 10 meses

O volume de carne de frango in natura e em produtos processados do Rio Grande do Sul exportados durante os 10 meses deste ano somaram 615,6 mil toneladas, 2% a menos do que foi enviado no mesmo período do ano passado, que foi de 627,9 mil toneladas.  O faturamento também registrou queda, saindo de US$1,241 bilhão para US$ 1.231 bilhão, representando 0,8% de recuo em capital financeiro.

O mês de outubro fechou com 57,6 mil toneladas exportadas, acusando recuperação e alta de 8,4% no volume em relação ao mesmo mês do ano anterior, que foi de 53,1 mil toneladas. A receita de US$ 109,1 milhões em outubro de 2022 recuou para US$ 106,8 milhões, retraindo em 2,1% no intervalo de 12 meses.

Presidente executivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul, José Eduardo dos Santos: “O momento é delicado e requer muita cooperação e programas efetivos de apoio a recuperação da competitividade” – Fotos: Divulgação 

O presidente executivo da Organização Avícola do Rio Grande do Sul, que engloba as entidades membros Asgav e Sipargs, José Eduardo dos Santos, avalia que o ritmo das exportações gaúchas acusa ligeiras quedas. Entretanto, a indústria de produção de carne de frango busca mais valorização no mercado externo. “Ainda estamos passando por uma onda de oscilação nos valores da carne de frango no mercado internacional, efeitos da instabilidade da economia global e das adversidades em alguns países e regiões no exterior”, relata.

O setor continua enfrentando dificuldades no mercado interno, ainda pela necessidade de medidas de equilíbrio competitivo e também da economia instável que retrai o consumo. “O momento é delicado e requer muita cooperação e programas efetivos de apoio a recuperação da competitividade. Não há espaço para aumentos de carga tributária, seja estadual ou federal, o setor produtivo não suportará arcar com mais impostos”, comenta o dirigente.

Brasil

As exportações brasileiras de carne de frango – considerando todos os produtos, entre in natura e processados – totalizaram 4,3 milhões de toneladas de janeiro a outubro deste ano, conforme dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O número supera em 6,1% o total exportado nos 10 meses de 2022, com quatro milhões de toneladas.

O resultado em divisas das exportações do período apurado chegou a US$8,3 bilhões, alta de 1,3% superior ao alcançado em igual período do ano passado, com US$ 8,1 bilhões.

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