Em outubro, as importações de lácteos aumentaram 26,1% em relação ao mês anterior, totalizando 194 milhões de litros em equivalente leite, de acordo com dados da Secex. Este aumento pode ser atribuído ao volume internalizado de leite em pó, que após diminuir em setembro, voltou a crescer no último mês, a preços ainda mais competitivos que o produto nacional. Os leites em pó foram importados à média de US$ 3,20/kg, queda de 4,4% em relação à de setembro/23. Já o valor médio do mesmo derivado exportado pelo Brasil foi bem superior, de US$ 8,97/kg.
As compras de leites em pó, que representaram 78,9% do total importado, somaram 153,3 milhões de litros em equivalente leite em outubro/23, aumento de 30,3% quando comparado com o mês anterior e de 11% sobre o mesmo período de 2022. Do total adquirido, 60,1% vieram da Argentina e 32,6%, do Uruguai. As aquisições de queijos, que representaram 20,4% das importações de lácteos, totalizaram 39,6 milhões de litros em equivalente leite, 12,5% acima do volume adquirido em setembro, ainda conforme dados da Secex.
As exportações, por sua vez, cresceram 25,6% de setembro para outubro, somando aproximadamente 8,6 milhões de litros em equivalente leite. Quando comparado com outubro do ano passado, o aumento foi ainda mais expressivo, de 73,2%, resultado do incremento nos embarques de leite em pó, de 1 milhão de litros em equivalente leite em outubro/23, ante apenas 50 mil litros de um ano atrás. Queijos corresponderam ao grupo de lácteos mais vendido pelo Brasil em outubro, representando 32% do total exportado no período.
Com 2,7 milhões de litros em equivalente leite embarcados, as vendas dos queijos registraram alta de 92,6% frente a setembro e de 39% em comparação a outubro/22. Já as exportações de leite condensado, com participação de 29,3% sobre o total embarcado, somaram 2,5 milhões de litros em equivalente leite, volume 2% inferior ao de setembro, mas 67% superior ao de outubro/22.
Balança comercial
Apesar dos aumentos nas exportações e importações de produtos lácteos em outubro, o déficit da balança comercial brasileira de lácteos cresceu 14%, chegando a R$ 76 milhões.