Com o Brasil sem registros de gripe aviária, a exportação tem se fortalecido e a expectativa é de que fluxo siga vigoroso enquanto o status for mantido, afirma a Consultoria Agro do Itaú/BBA no boletim de abril. Por outro lado, este momento favorável no mercado externo, combinado com os custos de ração caindo, estimulam o setor a alojar mais, o que pode trazer riscos caso surjam problemas na exportação. Na hipótese de eventuais problemas, o estrago, na margem, tende a ser maior, dado o elevado nível de produção.
As testagens de aves com suspeita de Influenza aviária, até aqui apontaram resultados negativos. É fundamental que as medidas de biossegurança e vigilância se mantenham, mesmo após passado o período atual da migração das aves, que é mais crítico.
O cenário de margens para a avicultura começa a ficar mais interessante com a ajuda dos custos em queda. Com a safrinha de milho se desenvolvendo bem e, consequentemente, melhorando as expectativas de uma boa oferta do cereal para o segundo semestre, os custos de ração devem continuar aliviando.
É de se esperar que, diante da queda dos custos do milho, o ímpeto ao aumento do ritmo de produção cresça. Neste sentido, o desafio será a calibragem dos alojamentos à demanda, dado que, caso exceda o potencial de absorção doméstica e externa, a sustentação dos preços no mercado interno pode ficar mais difícil.
Embora nos últimos dois anos tenhamos observado uma alta de preços no segundo e terceiro trimestres, naquelas ocasiões, os custos vinham escalando com problemas de safra e estoques de grãos mais apertados.
Neste momento a perspectiva da oferta de milho para o segundo semestre é melhor enquanto do lado da demanda interna por proteínas, o consumidor ainda sente o efeito inflacionário em meio a um provável baixo crescimento do PIB.