Feijão plantado com sementes distribuídas pela Emater-MG tem bom desenvolvimento em várias regiões de Minas Gerais

Mais de 500 municípios de Minas Gerais apresentam, nas últimas semanas, uma paisagem mais verde, em suas áreas rurais. É que as lavouras de feijão formadas a partir das sementes doadas pelo convênio entre a Emater-MG (vinculada à Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e o Ministério da Agricultura já estão em pleno crescimento. Cultivadas entre fevereiro e abril, as plantas estão em diferentes estágios, como desenvolvimento vegetativo, floração e enchimento de grãos. Mais de 50 mil produtores foram beneficiados com as doações de sementes, adquiridas por meio de licitação com recursos de emendas parlamentares, de iniciativa da bancada mineira na Câmara dos Deputados.

As sementes foram entregues para o plantio na safra da seca deste ano, com colheita prevista para junho. De acordo com o gestor do projeto na Emater-MG, Walter Bianor, alguns produtores optaram por fazer o plantio do feijão em consórcio com outras culturas, como milho, café, frutas ou mandioca. “Lavoura consorciada é um tipo de cultivo que envolve o plantio simultâneo de feijão com outras culturas. Essa técnica é utilizada na agricultura sustentável, para aumentar a produtividade da lavoura e melhorar a fertilidade dos solos, reduzindo os custos de produção, além de ampliar a diversidade de alimentos produzidos numa mesma área”, explicou.

A seleção dos produtores beneficiados foi realizada em conjunto pela Emater-MG e prefeituras. Os extensionistas da empresa estadual de assistência técnica e extensão rural fizeram a distribuição e também orientam os agricultores sobre as melhores práticas de plantio, como correção do solo e adubação das lavouras.

Produtividade

O diretor administrativo e financeiro da Emater-MG, Cláudio Bortolini, explica que, com correção adequada do solo e bom manejo da lavoura, o rendimento do feijão doado aos produtores pode ser superior a 600 quilos para cada pacote de dez quilos de sementes. “Parte da colheita deve ser usada para o consumo das famílias produtoras. O excedente pode ser comercializado, e outra opção é guardar parte do feijão produzido para plantio na terceira safra, na época das águas. Como são sementes de primeira geração, e ótima qualidade, podem ser utilizadas por mais até duas safras”, afirma Bortolini.

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