Após o rali de US$ 77 1⁄2 centavos da última sexta-feira, 7 de Julho, sucedendo o relatório sobre a área plantada, o contrato de soja de novembro na Bolsa de Chicago (CBOT) caiu continuamente após o Dia da Independência dos Estados Unidos. Na quarta-feira, o contrato para novembro fechou 9 centavos mais baixo, a us$ 1355,00.
“A fraqueza no contrato de novembro nesta semana certamente foi estimulada pelo aumento imediato na relação preço soja/milho, que foi empurrada para 2,75 após o relatório de área plantada, depois de ter oscilado entre 2,2 e 2,4 desde o início de janeiro. Historicamente, é muito raro esse índice chegar perto de 3. A soja de novembro fechou a semana 26 centavos mais baixa, fixando-se em US$ 1317,75”, analisa a TF Consultoria Agroeconômica.
De acordo com a equipe de analistas de mercado liderada por Luiz Carlos Pacheco, assim como o milho, o mercado estará de olho nas estimativas de rendimento da soja como resultado da seca no cinturão do milho/soja, embora as condições tenham melhorado marginalmente nas últimas duas semanas.
“Fundamentalmente, a perspectiva para a soja é mais otimista do que para o milho, mas os contratos devem continuar caminhando em uníssono devido à expansão recente da relação histórica soja/milho. O relatório WASDE (Estimativas de Oferta e Demanda Agrícola Mundial) de quarta-feira, 12 de Julho, provavelmente fornecerá informações adicionais sobre a direção de longo prazo do contrato”, complementa o especialista.
MERCADO INTERNO
Ainda de acordo com a TF, como a alta em Chicago não se manteve, a “lucratividade dos sojicultores brasileiros voltou a recuar para os parâmetros anteriores, um dos mais baixos dos últimos 20 anos. Para uma produção média de 55 sacas por hectare, o custo de produção, atualizado pelo Deral-PR até maio é de R$ 117,13/saca”.
“Este curto comparado com o preço médio pago de R$ 132,00/saca, pago aos agricultores no estado, equivale a um lucro de 12,69%, contra a perspectiva de 24,45% da semana anterior, que não se manteve, porque as cotações da CBOT recuaram. A pergunta importante é: você aproveitou para fixar seu preço quando estava no alto? Uma das maiores lições a se aprender sobre o mercado é que ele nem sempre sobe, às vezes cai, então, tem que aproveitar as altas para fixar bons preços”, concluem.