Após cinco dias de intensa desvalorização, os preços futuros do milho encerraram a terça-feira (25) contabilizando movimentações positivas na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 65,35 e R$ 69,76.
O vencimento maio/23 foi cotado à R$ 67,25 com valorização de 4,67%, o julho/23 valeu R$ 65,35 com alta de 1,87%, o setembro/23 foi negociado por R$ 67,19 com ganho de 2,89% e o novembro/23 teve valor de R$ 69,76 com elevação de 3,20%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, o milho no Brasil estava caindo muito porque os grandes compradores estavam parados na demanda, porque havia chegada da colheita de safra de verão e ainda havia a dúvida sobre a produção da safrinha.
“Só que o mercado recuou tanto que voltou a ser interessante comprar. Então tem trade estudando posição, voltando a comprar e o mercado tentando se acomodar e fazer uma base para não recuar muito abaixo dos R$ 60,00 nos portos de exportação, na B3 e no mercado físico”, explica Brandalizze.
Já no mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho seguiu recuando neste segundo dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou valorização apenas na praça de São Gabriel do Oeste/MS. Já as desvalorizações apareceram em Não-Me-Toque/RS, Ponta Grossa/PR, Ubiratã/PR, Londrina/PR, Cascavel/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Pato Branco/PR, Palma Sola/SC, Sorriso/MT, Jataí/GO, Rio Verde/GO, Brasília/DF, Dourados/MS, Eldorado/MS e Machado/MG.
Confira como ficaram todas as cotações nesta terça-feira
De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, “o milho inicia a semana sendo pressionado pela grande oferta no mercado doméstico, sendo comercializado na média de R$ 70,00/sc em Campinas/SP, menor patamar desde meados de out/20”.
Mercado Externo
Já a Bolsa de Chicago (CBOT) encerrou a terça-feira com os preços internacionais do milho futuro praticamente inalterados, com exceção do primeiro vencimento, mas flutuando em campo misto.
O vencimento maio/23 foi cotado à US$ 6,46 com queda de 4,75 pontos, o julho/23 valeu US$ 6,07 com alta de 0,25 pontos, o setembro/23 foi negociado por US$ 5,51 com elevação de 1,00 ponto e o dezembro/23 teve valor de US$ 5,48 com ganho de 0,75 pontos.
Esses índices representaram altas, com relação ao fechamento da última segunda-feira (24), de 0,18% para o setembro/23 e para o dezembro/23, além de perda de 0,77% para o maio/23 e de estabilidade para o julho/23.
Segundo informações do site internacional Successful Farming, os grãos e oleaginosas encontraram pressão hoje de uma perspectiva de clima predominantemente seco no meio-oeste, demanda fraca, vendas técnicas e mercados externos negativos.