O governo da Argentina atualizou partes do protocolo chines de importação de milho com a intenção de possibilitar o começo efetivo dos embarques de milho argentina para a China após cerca de 11 anos da assinatura do primeiro acordo.
O Secretário de Agricultura do Ministério da Economia, Sergio Massa, deverá assinar os novos modelos do acordo junto à Administração Geral de Alfândegas da República Popular da China nos próximos dias.
O primeiro protocolo de exportação de milho da Argentina para a China foi assinado em 15 de fevereiro de 2012 e depois atualizado em 24 de novembro de 2014. Porém, até agora não houve embarques efetivos do cereal devido à dificuldade de os exportadores argentinos cumprirem todas as exigências chinesas.
“Não exportamos nada porque o protocolo anterior não era cumprido em questões fitossanitárias. Este protocolo não garante a exportação, vamos ver o que acontece, se é possível cumpri-lo”, disse uma fonte de exportação agrícola da Argentina ao jornal La Nacion.
Sobre esta nova atualização de 2023, o ex-subsecretário de Mercados Agrícolas do governo de Mauricio Macri, Jesús María Silveyra, disse ao La Nacion que, “o novo protocolo fitossanitário para o milho aprovado com a China não altera em nada o protocolo anterior, exceto pela modificação de algumas pragas, duas que removem e um que adicionam Os problemas para exportar milho para a China continuam existindo e são de outro tipo, com base nos riscos implícitos naquele protocolo que não foram modificados. Por isso, apenas uma vez um navio de milho foi exportado para aquele destino. Foram aproximadamente 66.000 toneladas em 2013”.
Dados levantados pela publicação argentina, dão conta de que, em 2022, a Argentina exportou 34,5 milhões de toneladas de milho. Entre outros mercados, os principais compradores foram Vietnã (5,3 milhões de toneladas), Coreia do Sul (4,7 milhões de toneladas), Peru (3,05 milhões de toneladas), Argélia (2,58 milhões de toneladas), Malásia (2,57 milhões de toneladas).