Os preços do milho em Chicago mostraram reação durante o mês de outubro, após três meses de queda. No Brasil, as cotações reagiram em outubro na maior parte das praças, com suporte na valorização externa e diante do bom ritmo de embarque. Os preços futuros do milho na B3 apresentaram valorização ao longo do mês de outubro. A suspensão do novo corredor humanitário de grãos da Ucrânia tornou o Brasil novamente a origem mais barata e mais confiável de milho.
As cotações subiram 3,3% na CBOT, para US$ 4,88/bu, com algum apoio do complexo energético. A colheita do cereal nos EUA segue em bom ritmo, com 88% dos campos já colhidos, contra 86% da média dos últimos cinco anos.
Em Rondonópolis, a alta em outubro foi de 2,6% ante setembro, na média de R$ 41,73/saca. Mesmo com o encerramento da colheita no Brasil e o aumento da oferta interna, os preços subiram diante das exportações do cereal que, de acordo com os dados de outubro da Secex, estão 28% acima do mesmo período do ano passado, com um volume embarcado de 36,2 milhões de toneladas desde fevereiro.
No acumulado do décimo mês do ano, os contratos do cereal na B3 apresentaram altas que variaram entre 4,9% para o contrato de novembro/23 e 2,8% para o maio/24. Além do carrego do câmbio para o ano que vem, o mercado de milho deve começar a se ajustar ao cenário de safra do cereal em 2023/24, diante da expectativa de menor área plantada como grão.
Após a interrupção do acordo de exportações do Mar Negro, um novo corredor foi formado para que a Ucrânia conseguisse enviar seus grãos para a África e a Ásia. Porém, no final de outubro, o aumento da atividade militar na região fez com que o país suspendesse as operações por esse novo corredor. Com a menor capacidade da Ucrânia, o Brasil deve seguir favorecido no cenário de exportação de milho, diante da grande disponibilidade e competitividade.