Em duas semanas do mês de outubro, o Brasil já embarcou 3.989.484,6 toneladas de milho não moído (exceto milho doce) para exportação, de acordo com o mais recente reporte da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Isso já representa 58,79% a mais do que o total exportado em outubro de 2022 (6.785.069,5 toneladas).
Com isso, a média diária de embarques nestes 9 primeiros dias úteis ficou em 443.276,1 toneladas, o que na comparação ao mesmo período do ano passado, representa elevação de 24,1% com relação as 357.108,9 do décimo mês de 2022.
O Consultor em Agronegócios da Terra Agronegócios, Enio Fernandes, destaca que o Brasil está se aproveitando para ocupar espaços deixados por um cenário de fragilidade nos Estados Unidos no mercado internacional, amplificando as exportações.
Fernandes aponta o dólar com um dos atrativos para as exportações, assim como os prêmios brasileiros, que hoje estão em US$ 1,00 acima das cotações de Chicago. Até setembro, já foram quase 28 milhões de toneladas de milho embarcadas e mais de 9 milhões de toneladas no line-up de outubro.
Na visão do consultor, as exportações estão ajudando a nivelar o mercado interno, já que os produtores conseguem ofertas maiores pelo grão e fazem os consumidores nacionais buscarem mais compras antes que todo o volume seja exportado.
Em termos financeiros, o Brasil já arrecadou um total de US$ 924,779 milhões no período, contra US$ 1,9,08 bilhão de todo outubro do ano passado. O que na média diária, deixa o atual mês com elevação de 2,3% ficando com US$ 102,753 milhões por dia útil contra US$ 100,454 milhões no último mês de outubro.
Já o preço por tonelada obtido caiu 17,6% no período, saindo dos US$ 281,30 no ano passado para US$ 231,80 no mês.