A quarta-feira (12) chega ao final com os preços futuros do milho contabilizando movimentações negativas na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações recuaram até 1,28% e flutuaram na faixa entre R$ 53,80 e R$ 64,92.
O vencimento setembro/23 foi cotado à R$ 53,80 com desvalorização de 1,28%, o novembro/23 valeu R$ 57,06 com perda de 0,33%, o janeiro/24 foi negociado por R$ 60,85 com queda de 0,41% e o março/24 teve valor de R$ 64,92 com baixa de 0,43%.
Para o Analista de Mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, as movimentações negativas registradas na B3 nesta quarta-feira foram reflexo do dólar em queda ante ao real.
“O dólar caiu a B3 reflete, porque o mercado de porto acomoda um pouquinho, e são os portos que fazem as cotações subirem ou descerem”, explica Brandalizze.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho registrou mais ganhos do que perdas neste meio de semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou desvalorizações apenas em Sorriso/MT, Jataí/GO e Rio Verde/GO. Já as valorizações apareceram nas praças de Ubiratã/PR, Londrina/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, São Gabriel do Oeste/MS, Eldorado/MS, Cândido Mota/SP e Itapetininga/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta quarta-feira
De acordo com a análise da SAFRAS & Mercado, o mercado brasileiro de milho teve uma quarta-feira de negociações retraídas. “Os consumidores devem seguir com a mesma conduta dos últimos meses, sinalizando posição confortável em relação ao abastecimento e tentando acessar preços mais baixos. Os produtores estabelecem preços mais altos no âmbito doméstico e destinam a maior parte da colheita da safrinha para a exportação”.
A consultoria Agrinvest acrescenta ainda que, “os compradores estão se mantendo firmes em suas indicações de preços no mercado interno, já que o Brasil continua descontando nas vendas internacionais, mantendo a demanda aquecida pelo grão pelas tradings, diminuindo a pressão na oferta doméstica”.
Mercado Externo
Já os preços internacionais do milho futuro, registraram movimentações positivas nesta quarta-feira na Bolsa de Chicago (CBOT), recuperando parte das perdas do pregão passado.
O vencimento setembro/23 foi cotado à US$ 4,64 com alta de 0,75 pontos, o dezembro/23 valeu US$ 4,82 com valorização de 5,75 pontos, o março/24 foi negociado por US$ 4,96 com elevação de 5,25 pontos e o maio/24 teve valor de US$ 5,04 com ganho de 5,25 pontos.
Esses índices representaram altas, com relação ao fechamento da última terça-feira (12), de 0,22% para o setembro/23, de 1,26% para o dezembro/23, de 1,02% para o março/24 e de 1% para o maio/24.
Vlamir Brandalizze destaca que o mercado de Chicago está desconfiado de que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) foi otimista demais ao aumentar a safra de milho dos EUA em seu último relatório de oferta e demanda.
“O USDA foi atrevido, então o mercado está desconfiado. O USDA também não trouxe aumento das importações de milho da China e os chineses já falaram que vão aumentar a importação. No milho tem algumas coisas que ficaram em aberto, então o mercado está tentando se segurar e com pouco espaço de queda neste momento em Chicago”, afirma Brandalizze.