Por Qin Ningwei e Andrew Hayley
PEQUIM (Reuters) – A China manteve na sexta-feira sua estimativa de produção de milho e soja para 2023/24 inalterada, apesar das inundações nas principais áreas de cultivo, mas alertou para o impacto das fortes chuvas na produção de amendoim.
A previsão de milho permaneceu em 282,34 milhões de toneladas, enquanto a soja ficou em 21,46 milhões de toneladas, disse o Ministério da Agricultura em suas estimativas mensais de oferta e demanda agrícola da China (CASDE).
Embora as fortes chuvas tenham causado um alagamento relativamente grave em alguns campos de milho, também aliviaram uma seca que vinha afetando a safra, disse o ministério.
A umidade da soja em áreas importantes do nordeste da China está próxima ou até melhor do que o normal, e o impacto das enchentes é relativamente pequeno para a safra, de acordo com o relatório.
As fortes chuvas afetaram 258.000 hectares da área semeada de Heilongjiang, maior produtora de grãos da China, na quarta-feira, quase 2% da área total semeada da província.
Heilongjiang produziu 15,2% do milho da China e 43,8% de sua soja em 2021, mostraram dados oficiais.
As enchentes também atingiram a província de Jilin, no nordeste do país, que produziu 12% do milho do país em 2021. A área afetada ainda não foi divulgada.
As fortes chuvas também afetaram 319.700 hectares de terras agrícolas em Hebei, revelaram autoridades locais na sexta-feira. A província produziu 7,6% do milho do país em 2021.
O relatório disse que a produção de amendoim precisa ser rastreada e avaliada, pois os tufões e as fortes chuvas afetaram a maioria das principais áreas de cultivo da oleaginosa.
As quatro principais regiões de amendoim na China são Henan no centro do país, Shandong no norte, Liaoning no nordeste e Guangdong no sul.
O ministério também cortou a previsão de importação de açúcar para 2022/23 para 3,8 milhões de toneladas, já que o custo do produto importado continua acima do preço spot doméstico.