A sexta-feira (11) chega ao final com os preços futuros do milho registrando movimentações negativas na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações recuaram até 2,1%, flutuaram na faixa entre R$ 53,71 e R$ 65,18 e acumularam perdas semanais.
O vencimento setembro/23 foi cotado à R$ 53,71 com queda de 1,99%, o novembro/23 valeu R$ 58,06 com perda de 1,59%, o janeiro/24 foi negociado por R$ 61,60 com baixa de 1,68% e o março/24 teve valor de R$ 65,18 com desvalorização de 2,10%.
No acumulado semanal, os contratos do cereal brasileiro contabilizaram desvalorizações de 2,10% para o setembro/23, de 1,17% para o novembro/23, de 1,28% para o janeiro/24 e de 1,67% para o março/24, com relação ao fechamento da última sexta-feira (04).
O Analista de Mercado da Grão Direto, Ruan Sene, destaca que a colheita avançando no Brasil para uma supersafra recorde, de mais de 100 milhões de toneladas, tem pressionado as cotações do milho nos últimos meses.
Porém, na visão de Sene, o pior já passou e, conforme os trabalhos de colheita forem se encerrando, a pressão deverá dar lugar a um impulso vindo da demanda internacional aquecida e do avanço dos embarques para exportação, que já começaram agosto maiores, na média diária, do que o mesmo mês do ano anterior.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho teve um último dia da semana positivo. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas não encontrou desvalorização em nenhuma das praças, mas percebeu valorizações nas praças de Ubiratã/PR, Londrina/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Pato Branco/PR, Sorriso/MT e Eldorado/MS.
Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira
A SAFRAS & Mercado destaca que “em termos de negócios, os consumidores fizeram pouca força nas compras, tentando jogar o preço para baixo, na medida que as dificuldades para o armazenamento do cereal aumentam. Já os produtores aumentaram um pouco as fixações de venda, mas não em grandes volumes, talvez ainda acreditando em alguma mudança em termos de um relatório altista por parte do USDA”.
Mercado Externo
Os preços internacionais do milho futuro encerram uma sexta-feira de muita volatilidade na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações começaram o dia estáveis à espera do novo relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), passaram e subir logo após a divulgação e fecharam o pregão recuando, acumulando assim, perdas semanais de até 2,07%.
O vencimento setembro/23 foi cotado à US$ 4,74 com baixa de 8,75 pontos, o dezembro/23 valeu US$ 4,87 com desvalorização de 9,00 pontos, o março/24 foi negociado por US$ 5,01 com queda de 8,75 pontos e o maio/24 teve valor de US$ 5,10 com perda de 8,25 pontos.
Esses índices representaram baixas, com relação ao fechamento da última quinta-feira (10), de 1,86% para o setembro/23, de 1,81% para o dezembro/23, de 1,76% para o março/24 e de 1,54% para o maio/24.
No acumulado semanal, os contratos do cereal norte-americano contabilizaram desvalorizações de 2,07% para o setembro/23, de 2,01% para o dezembro/23, de 1,76% para o março/24 e de 1,54% para o maio/24, em relação ao fechamento da última sexta-feira (04).
Segundo informações do site internacional Farm Futures, os preços do milho sofreram perdas moderadas em uma rodada de vendas técnicas relacionadas ao clima na sexta-feira, com os dados de oferta e demanda do relatório WASDE do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) de suporte emprestando pouco ou nenhum suporte hoje.
O USDA cortou a expectativa de produtividade da safra de milho dos EUA de 185,67 para 183,16 sacas por hectare, levando a safra de 389,15 para 383,84 milhões de toneladas. Dessa forma, os estoques finais caíram de 57,45 para 55,93 milhões de toneladas, bem como as exportações, que caíram de 53,34 para 52,07 milhões de toneladas.
Na visão de Ruan Sene, os números vieram dentro da expectativa do mercado e, após uma repercussão inicial, o mercado climático deve voltar à cena. Ela ainda destaca a importância de não se esquecer do radar ligado para novidades no conflito entre Rússia e Ucrânia que sempre movimentam os mercados.