Como está o mercado do milho?

As cotações do milho, em Chicago, terminaram a primeira semana de setembro em leve alta. O primeiro mês cotado fechou a quinta-feira (07) em US$ 4,70/bushel, contra US$ 4,61 uma semana antes. A média de agosto ficou em US$ 4,75, ou seja, 13,3% abaixo da média registrada em julho. Já na comparação anual, a queda é mais expressiva, já que a média de agosto de 2022 foi de US$ 6,32/bushel. Dito isso, no dia 03/09 as condições das lavouras de milho, nos EUA, apresentavam 53% entre boas a excelentes, 29% regulares e 18% entre ruins a muito ruins.

Já os embarques estadunidenses de milho, na semana encerrada em 31/08, atingiram a 481.309 toneladas, ficando pouco acima do limite inferior esperado pelo mercado. Com isso, o total já embarcado do cereal, pelos EUA, no atual ano comercial, chega a 37,3 milhões de toneladas, volume que é 32% inferior ao registrado no mesmo período do ano anterior. E no Brasil, o quadro de preços continua sendo de estabilidade, com viés de baixa. A média gaúcha fechou a semana em R$ 53,27/saco, enquanto as principais praças ficaram em R$ 52,00. Já no país, o preço oscilou entre R$ 35,00 e R$ 54,00/saco. Geadas e fortes chuvas, com enchentes em muitas regiões, podem ter causado estragos nas lavouras recém semeadas do Rio Grande do Sul.

Os prejuízos ainda precisam ser avaliados. Enquanto isso, a produção da safra de milho verão, no Brasil, sofre uma primeira redução, na altura de 1,5%, com o volume final ficando projetado, agora, em 28,2 milhões de toneladas. Ainda sem considerar os estragos no Estado gaúcho, a produção da primeira safra de milho do Brasil, cujo plantio já começou, cairia devido a um recuo de 3,16% na área plantada nacional, para 4,07 milhões de hectares. Em termos de plantio da safra de verão, até o final de agosto o Centro-Sul brasileiro teria atingido a 13% da área esperada, contra 9% no mesmo período do ano anterior. Por sua vez, a colheita da atual safrinha de milho chegou, em 31/08, a 88% da área semeada no Centro-Sul brasileiro, contra 98% no mesmo período do ano anterior.

E no Mato Grosso, a produtividade da safrinha foi consolidada em 116,8 sacos/hectare, com alta de 14,3% sobre o ano de 2022. Com isso, a produção final de milho, naquele Estado, chegou a 52,5 milhões de toneladas, ou seja, 19,8% acima da registrada no ano anterior. Para a futura safra 2023/24, a expectativa é de um recuo de 2,8% na área semeada da safrinha, com a mesma ficando em 7,28 milhões de hectares. O recuo se deve ao forte recuo nos preços do cereal. Em clima normal, a produtividade média esperada poderá alcançar 103,7 sacos/hectare, com uma produção final de 45,3 milhões de toneladas, ou seja, 13,8% menor do que a atual colheita.

Já no Paraná, a colheita da safrinha atingia a 79% no final da semana passada. Das lavouras ainda a colher, 76% estariam em boas condições, 22% regulares e 2% ruins. Por outro lado, o plantio da nova safra de verão naquele Estado chegou a 26% da área esperada, no início da presente semana. No Mato Grosso do Sul, a colheita da safrinha iniciou o mês de setembro com 65,6% da área concluída, contra 88,6% na média histórica para este período.

O preço médio, no Estado, na semana entre os dias 28/08 e 01/09, ficou em R$ 38,38/saco, sendo que até o início do corrente mês 41,2% da safra havia sido comercializada. Enfim, pelo lado das exportações, o Brasil fechou agosto com embarques totais na altura de 9,4 milhões de toneladas de milho, ou seja, um aumento de 26,2% sobre o total exportado em agosto do ano passado. É graças a esta elevação das exportações que os preços internos do milho se estabilizaram. O preço por tonelada exportada caiu 12,2% no período, saindo dos US$ 272,10 no ano passado para US$ 238,80 em agosto do corrente ano. Para setembro, conforme a Anec, espera-se exportar 9,7 milhões de toneladas do cereal, contra 6,85 milhões em igual mês do ano passado.

A análise é da Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário – CEEMA

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