As condições climáticas atuais estão desafiando o plantio de milho no Brasil, com chuvas excessivas afetando as atividades em várias regiões, de acordo com o mais recente boletim semanal da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Conforme análise do metereologista do Portal Agrolink, Gabriel Rodrigues, no estado do Paraná, o plantio de milho está quase concluído, e a maioria das atividades mostra um bom desenvolvimento. No entanto, as chuvas intensas têm causado erosão do solo, falhas na germinação das sementes e dificuldades na realização de tratos culturais. Esses desafios podem impactar a produtividade nas etapas posteriores do ciclo produtivo. Santa Catarina enfrenta uma situação semelhante, com chuvas excessivas prejudicando a semelhança e os tratos culturais. As condições das condições de trabalho variam de boas a regulares, o que levanta preocupações sobre as consequências futuras se o padrão climático persistir.
No Rio Grande do Sul, a cultura do milho está se desenvolvendo satisfatoriamente, especialmente nas primeiras áreas semeadas que já estão inseridas no estágio reprodutivo. No entanto, em algumas áreas, o acúmulo de água está resultando em falhas no estado, o que significa uma densidade de plantas mais baixa e uma redução possível na produtividade. Além disso, o acúmulo de água está impedindo a realização de tratos culturais. Em São Paulo, as chuvas constantes afetaram o ritmo do planejamento, com o solo encharcado dificultando a preparação do solo e a semeadura dentro do cronograma ideal. Em Minas Gerais, o plantio ocorre principalmente em áreas irrigadas devido às condições desfavoráveis ??em campos não irrigados devido à falta de chuvas.
O metereologista ainda salienta que, o plantio de milho está concentrado nas regiões sul e sudeste, com aproximadamente um terço das atividades no campo em todo o país. Até 21 de outubro, quase 90% desses trabalhos já estão em desenvolvimento vegetativo.
No entanto, quando consideramos novos estados importantes para a produção de milho, o plantio avançou de 30,4% na semana anterior para 33% em 21 de outubro. Este número fica abaixo dos 35,8% registrados na safra passada, comparando que os agricultores ainda têm desafios a superar para alcançar os níveis anteriores.
Em Goiás, o plantio permanece em 0%, o que representa um atraso significativo em relação à safra anterior, na qual 25% das atividades já estavam em campo no mesmo período.
Minas Gerais registrou um aumento de 1,8% na semana anterior, atingindo 7,1% do plantio em 21 de outubro, mas ainda está muito abaixo dos 19,7% da safra passada.
São Paulo apresentou um progresso mais acentuado, passando de 15% na semana anterior para 20%, superando os 12% da safra passada.
No Paraná, o plantio avançou de 85% para 89%, superando os 78% da safra anterior.
Santa Catarina e Rio Grande do Sul mantêm uma estabilidade, com 77% das áreas plantadas, números que se alinham com a safra passada.
A análise do metereologista do Portal Agrolink foi baseada no levantamento da Conab com revisão e colaboração de Aline Merladete.