A terça-feira (26) chega ao final com os preços futuros do milho praticamente estáveis na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registraram leves recuos e flutuaram na faixa entre R$ 70,30 e R$ 74,37.
O vencimento janeiro/24 foi cotado à R$ 70,30 com baixa de 0,14%, o março/24 valeu R$ 74,37 com perda de 0,15%, o maio/24 foi negociado por R$ 73,95 com estabilidade e o julho/24 teve valor de R$ 72,60 com perda de 0,51%.
Ao término da quarta semana de dezembro, o Brasil já havia embarcado 5.210.435,3 toneladas de milho não moído (exceto milho doce) para exportação, de acordo com o reporte da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Isso já representa 83,4% do total exportado em dezembro de 2022 (6.244.707,6 toneladas).
Com isso, a média diária de embarques nestes 16 primeiros dias úteis do mês ficou em 325.652,2 toneladas, o que na comparação ao mesmo período do ano passado, representou elevação de 14,7% com relação as 283.850,3 do décimo segundo mês de 2022.
Em sua última projeção, a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), estimou que o Brasil deverá exportar 7,17 milhões de toneladas de milho ao longo de todo dezembro/23, patamar acima da estimativa anterior, que era de 7,14 milhões.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho permaneceu praticamente sem alterações nesta volta do feriado de Natal. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou valorização apenas na praça de Não-Me-Toque/RS.
Ainda nesta terça-feira, o Cepea divulgou sua nota semanal apontando que, enquanto o ritmo de negócios segue lento no mercado interno de milho, as exportações do cereal continuam aquecidas, podendo superar o volume de 2022.
Segundo pesquisadores do Cepea, “produtores brasileiros permanecem atentos ao desenvolvimento da safra verão e aos impactos dos atrasos na semeadura da segunda safra para 2024. Consumidores, por sua vez, têm priorizado o uso dos estoques negociados antecipadamente”.
Mercado Externo
Já os preços internacionais do milho futuro retornaram da parada de Natal contabilizando movimentações positivas na Bolsa de Chicago (CBOT).
O vencimento março/24 foi cotado à US$ 4,80 com valorização de 7,25 pontos, o maio/24 valeu US$ 4,92 com elevação de 6,50 pontos, o julho/24 foi negociado por US$ 5,01 com alta de 6,00 pontos e o setembro/24 teve valor de US$ 5,03 com ganho de 5,25 pontos.
Esses índices representaram valorizações, com relação ao fechamento da última sexta-feira (22), de 1,48% para o março/24, de 1,44% para o maio/24, de 1,21% para o julho/24 e de 1% para o setembro/24.
Segundo informações da Agrinvest, a renovação das tensões no Mar Negro e Oriente Médio fizeram os preços do trigo, milho e petróleo saltarem nesta terça-feira.
“A forte valorização do petróleo, gera ímpeto de alta para o milho, que opera com ganhos na Bolsa de Chicago. Além disso, um dólar mais fraco no pregão de hoje, associado a bons volumes nas inspeções semanais de milho reportadas pelo USDA, geram ganhos adicionais ao cereal”, explica a consultoria.
De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), na semana encerrada em 21 de dezembro foram inspecionadas 1,081 milhão de toneladas de milho para exportação, contra 959 mil toneladas de uma semana antes. No acumulado, as inspeções estão em 11²3 milhões de toneladas contra 8,91 milhões do mesmo período do ano passado.