Os preços futuros do milho encerraram o pregão desta segunda-feira (20) contabilizando movimentações positivas na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 67,86 e R$ 72,30 após subirem mais de 1%.
O vencimento janeiro/24 foi cotado à R$ 67,86 com elevação de 1,30%, o março/24 valeu R$ 71,50 com valorização de 1,56%, o maio/24 foi negociado por R$ 72,30 com ganho de 1,26% e o julho/24 teve valor de R$ 70,44 com alta de 1,06%.
De acordo com a consultoria Agrinvest, os futuros do milho na B3 subiram forte, fundamentalmente como consequência das movimentações da soja.
“O atraso do plantio da safra de verão vai levar a uma redução ainda maior para a área de milho safrinha. Antes mesmo do atraso do plantio da soja, muitos produtores já falavam em redução de tecnologia de semente, redução do uso de N e P e crescimento de outras culturas substitutas como gergelim, algodão, pastagem, entre outros”, aponta a consultoria.
Ao longo do mês de novembro, o Brasil já embarcou 4.186.726,6 toneladas de milho não moído (exceto milho doce) para exportação, de acordo com o mais recente reporte da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Isso já representou 71% do que o total exportado em novembro de 2022 (5.889.630,8 toneladas).
Com isso, a média diária de embarques nestes 11 primeiros dias úteis ficou em 380.611,5 toneladas, o que na comparação ao mesmo período do ano passado, representou elevação de 29,2% com relação as 294.481,5 do décimo primeiro mês de 2022.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho também subiu neste primeiro dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas não identificou desvalorizações em nenhuma das praças, mas percebeu valorizações em Nonai/RS, Sorriso/MT, Jataí/GO, Rio Verde/GO, Maracaju/MS, Campo Grande/MS e Porto de Santos/SP.
Confira com ficaram todas as cotações nesta segunda-feira
“No mercado interno, alguns produtores já estão aumentando sua postura de cautela, restringindo a oferta de milho disponível”, explica a Agrinvest.
Ainda nesta segunda-feira, o Cepea divulgou sua nota semanal apontando que os preços internos do milho tiveram novas altas nos últimos dias, retomando os patamares de maio deste ano, em termos nominais.
Segundo pesquisadores do Cepea, “o impulso vem sobretudo da retração de vendedores, que estão atentos aos impactos do clima no avanço da semeadura da safra verão e às exportações aquecidas. Do lado da demanda, muitos consumidores estão mais ativos no spot nacional, mas parte deles aguarda o andamento da safra e possíveis necessidades de liberação de armazéns por parte dos produtores e/ou de fazer caixa. Nesse cenário, os negócios têm sido pontuais”.
Mercado Externo
Na Bolsa de Chicago (CBOT) também encerrou as movimentações desta segunda-feira com os preços internacionais do milho futuro contabilizando flutuações positivas.
O vencimento dezembro/23 foi cotado à US$ 4,69 com valorização de 2,50 pontos, o março/24 valeu US$ 4,87 com alta de 2,25 pontos, o maio/24 foi negociado por R$ 4,97 com ganho de 1,75 pontos e o julho/24 teve valor de R$ 5,06 com elevação de 1,50 pontos.
Esses índices representaram altas, com relação ao fechamento da última sexta-feira (17), de 0,43% para o dezembro/23, de 0,41% para o março/24, de 0,20% para o maio/24 e de 0,40% para o julho/24.
Segundo informações do site internacional Farm Futures, o milho fechou em alta depois de ser negociado na faixa de cinco centavos no dia e atingir a máxima do dia 5 minutos antes do fechamento.
“O relatório de vendas diárias do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) desta manhã anunciou que substanciais 104.000 toneladas de milho na temporada 2023/24 foram vendidas com sucesso para o México”, destacou a publicação.