O mês de julho se encerrou com o Brasil registrando exportação de 4.301.041,3 toneladas de milho não moído (exceto milho doce), de acordo com o novo reporte da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Isso representa 4,4% a mais do que o total exportado em julho de 2022 (4.119.091,2 toneladas).
Com isso, a média diária de embarques ficou em 204.811,5 toneladas, o que na comparação ao mesmo período do ano passado, representa aumento de 4,4% com relação as 196.147,2 do sétimo mês de 2022.
Na visão de Roberto Carlos Rafael, da Germinar Corretora, os embarques de milho poderiam ter sido maiores se não fosse a dificuldade logística dos portos para embarcar todos os produtos ao mesmo tempo, mas acredita que as exportações deverão ganhar novo ritmo neste restante de 2023.
“Tivemos no início do ano o milho atrapalhando a soja e agora a soja atrapalhando o milho por conta dos volumes que nós produzimos. Nós esperávamos algo ao redor de 8 milhões de toneladas de exportação de milho, mas temos hoje nos portos entre em carregamento, espera e já anunciado navios chegando, com algo ao redor de 9,5 milhões de toneladas. Então uma hora isso vai começar a acontecer, mas é muita soja e milho e agosto, provavelmente, vai ser o mês que mais se exportou produto”, afirma.
Em termos financeiros, o Brasil arrecadou um total de US$ 1,066 bilhão no período, contra US$ 1,151 bilhão de todo julho do ano passado. O que na média diária, deixa o atual mês com decréscimo de 7,3% ficando com US$ 50,804 milhões por dia útil contra US$ 54,826 milhões no último mês de julho.
O preço por tonelada obtido também recuou 11,3% no período, saindo dos US$ 279,50 no ano passado para US$ 248,10 no mês.