No mercado internacional de milho, a queda nos prêmios significa falta de demanda externa no curto prazo, de acordo com informações da TF Agroeconômica. “Os prêmios permaneceram a $16 cents/bushel para julho23; recuaram 6 cents para ago/23 recuaram para $40, recuaram 11 cents para $37 em setembro e recuaram 18 cents para US$ 45 para outubro”, comenta.
“A forte queda nos prêmios, não apenas no Brasil, mas também na Argentina sinaliza a falta de demanda externa para o produto, que está concentrada nos EUA, no momento. Na Bolsa de Dalian, na China as cotações do milho vêm caindo $107 yuan/tonelada desde janeiro último, ou 3,75%, refletindo a menor demanda do setor de carnes do país, conforme acompanhamento diário feito pela TF neste boletim (vide abaixo). Ontem a Administração Geral de Alfândegas da China (Gacc) informou que o país importou 2,19 milhões de toneladas de milho em março, queda de 9,2% na comparação com igual mês do ano passado”, completa.
O mercado brasileiro provavelmente não vai elevar os preços do milho paraguaio. “O mercado ainda está tentando se recuperar após as mínimas da semana passada. Muitos compradores ainda estão sem indicações, enquanto os vendedores esperam, torcendo para que seja algo momentâneo. Mas a realidade é que, se o Brasil não tiver problemas com a produção de inverno, a oferta do cereal na região será muito abundante e os preços podem continuar pressionados. A indústria local segue atenta às ofertas, em patamares razoáveis, e os números podem se ajustar bem melhor que o mercado Brasileiro”, indica.