Os preços futuros do milho chegaram ao final desta quinta-feira (21) com movimentações levemente negativas na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 71,25 e R$ 75,33.
O vencimento janeiro/24 foi cotado à R$ 71,25 com baixa de 0,35%, o março/24 valeu R$ 75,33 com desvalorização de 0,40%, o maio/24 foi negociado por R$ 74,81 com queda de 0,03% e o julho/24 teve valor de R$ 73,25 com perda de 0,22%.
Na visão do Analista de Mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, os contratos de milho ficaram em baixa a maior parte desta quinta-feira refletindo as quedas do dólar ante ao real.
“Não tem nada de explicação diferente. O mercado segue comprador nos portos, segue bem agressivo nos portos, querendo milho, porque o milho norte-americano está difícil de sair de lá pelos problemas no Canal do Panamá e no Canal de Suez.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho também oscilou entre ganhos e perdas neste penúltimo dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou desvalorizações em Rondonópolis/MT, Primavera do Leste/MT, Alto Garças/MT e Itiquira/MT. Já as valorizações apareceram nas praças de Ubiratã/PR, Londrina/PR, Castro/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Tangará da Serra/MT, Campo Novo do Parecis/MT, Sorriso/MT, Eldorado/MS, Itapetininga/SP e Campinas/SP.
Confira como ficara todas as cotações nesta quinta-feira
A análise da SAFRAS & Mercado destaca que, o mercado brasileiro de milho está em um cenário de negociações comedidas nesta reta final de 2023.
“Perto do final de ano, os investidores enxergam dificuldade na logística e atuam de maneira retraída nos negócios. Fatores como clima, desenvolvimento da safra, variação cambial e preços dos futuros ainda são avaliados para demais tomadas de decisão”, diz a consultoria.
“A postura dos produtores segue inalterada, optando pela retenção da oferta, avaliando que os preços podem continuar subindo, especulando com o andamento do clima e da próxima safra. Os consumidores estão buscando lotes, para posicionamento antes da virada de ano, como é o caso de São Paulo e Paraná, mas querem escutar preços. A liquidez do mercado físico deve cair ao longo dos próximos dias, devido às festividades. Além disso, a logística deve ficar mais difícil”, acrescenta a SAFRAS.
Mercado Externo
Já na Bolsa de Chicago (CBOT), os preços internacionais do milho futuro fecharam as atividades desta quinta-feira com movimentações positivas.
O vencimento março/24 foi cotado à US$ 4,72 com valorização de 2,75 pontos, o maio/24 valeu US$ 4,85 com ganho de 2,75 pontos, o julho/24 foi negociado por US$ 4,95 com alta de 2,50 pontos e o setembro/24 teve valor de US$ 4,97 com elevação de 2,50 pontos.
Esses índices representaram ganhos, com relação ao fechamento da última quarta-feira (20), de 0,64% para o março/24, de 0,62% para o maio/24, de 0,61% para o julho/24 e de 0,40% para o setembro/24.
Segundo informações da Agrinvest, o milho teve um dia de ganhos moderados em Chicago, se recuperando das perdas da sessão anterior.
“As vendas semanais de milho divulgadas de manhã pelo USDA vieram dentro do esperado, embora o volume tenha ficado 29% abaixo da semana anterior. Por outro lado, os preços continuam enfraquecidos na CBOT, pois apesar das vendas semanais terem ficado acima de 1 milhão de toneladas, há muito milho nos EUA, mostrando que o programa de exportação precisa acelerar mais”, pontua a consultoria.