O Imea (Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária) divulgou relatório apontando atualizações sobre a safra de milho 2023. O levantamento destaca que a colheita da safrinha de milho começou no estado, atingindo 0,16% do total semeado.
Esse percentual é 1,08 pontos percentuais menor do que o mesmo período da safra passada e 0,09 p.p. atrás da média dos últimos cinco anos.
Já o restante das lavouras, se dividem em 89,36% em fase de florescimento e polinização, e menos de 11% do total encontram-se em fase de alta exigência hídrica.
“Estima-se que a maior parte das lavouras se desenvolveu dentro de um regime ideal de chuvas”, aponta o Imea.
Diante da previsão de chuva acumulada para os próximos 30 dias de 10 a 20 mm na maior parte do estado, a expectativa do Instituto é que o avanço da colheita nas próximas semanas seja favorecido e tenda a se intensificar em meados de junho.
Custo de Produção
O Imea também atualizou seus dados referentes ao custo de produção do milho de alta tecnologia para safra 2023/24, apresentando recuo de 0,70% no custeio entre março/23 e abril/23.
“Essa retração se deu devido à diminuição nos custos com fertilizantes, de 1,79%, e operações mecanizadas, de 1,70%”, explica o Imea.
Diante desta nova realidade, o COT foi estimado em R$ 5.114,26 por hectare, o que torna necessário a comercialização do milho à um preço médio de R$ 48,42 por saca para se obter rentabilidade. O preço médio registrado em abril/23 no Mato Grosso foi de R$ 47,28/sc.
Considerando esse cenário de preços abaixo do ponto de equilíbrio, seria necessário que o rendimento da safra atingisse, pelo menos, 108,18 sc/ha para que um produtor modal consiga cobrir seus custos.
“Dessa forma, a combinação de custos altos e preços em queda, chamam atenção quanto as margens dos produtores para a próxima temporada”, destaca a publicação.