A sexta-feira (09) chega ao final com os preços futuros do milho registrando leves movimentações negativas na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 53,23 e R$ 62,50 e acumularam recuo semanal de até 1,15%.
O vencimento julho/23 foi cotado à R$ 53,23 com queda de 0,47%, o setembro/23 valeu R$ 57,50 com perda de 0,17%, o novembro/23 foi negociado por R$ 59,95 com desvalorização de 0,50% e o janeiro/24 teve valor de R$ 62,50 com baixa de 0,24%.
Na comparação semanal, os preços futuros do milho acumularam desvalorizações de 1,15% para o julho/23, de 0,78% para o setembro/23, de 0,78% para o novembro/23 e de 0,73% para o janeiro/24, em relação ao fechamento da última sexta-feira (02).
Na visão da SAFRAS & Mercado, o mercado brasileiro de milho seguiu travado em termos de negócios ao longo da semana. “Os consumidores seguem distantes das compras, tentando forçar novas quedas de preço aguardando a entrada de maiores volumes da safrinha nas próximas semanas”.
Os analistas da SAFRAS também apontaram que “o mercado também observou o movimento de queda na Bolsa de Chicago e o fator cambial, com o real mais valorizado frente ao dólar, o que acaba refletindo na formação de preços nos portos. A questão de clima nos Estados Unidos, que foi um pouco mais seco nessa semana, deve voltar a normalizar com o retorno das chuvas previstas para a próxima semana”.
Por fim, a consultoria relata que, “no Brasil há preocupações com as baixas temperaturas previstas para a próxima semana, muito embora a presença de uma frente fria, provocando chuvas, deve inibir a entrada de uma massa de ar polar que poderia favorecer a ocorrência de geadas nas áreas produtoras de safrinha”.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho também teve um último dia da semana negativo. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas não identificou valorização em nenhuma das praças. Já as desvalorizações apareceram em Castro/PR, Pato Branco/PR, Palma Sola/SC, Rondonópolis/MT, Primavera do Leste/MT, Alto Garças/MT, Itiquira/MT, Sorriso/MT, Rio Verde/GO, Campo Grande/MS e Oeste da Bahia.
Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira
Com o começo dos trabalhos de colheita da segunda safra de milho no brasil as previsões de safra recorde estão cada vez mais próximas de se confirmarem, inclusive com a melhora de previsões de clima, afastando as possibilidades de geadas, por exemplo.
Diante deste cenário, Roberto Carlos Rafael da Germinar Corretora, destaca a importância de o Brasil exportar cerca de 55 milhões de toneladas de milho neste ciclo para enxugar os estoques e trazer algum equilíbrio ao mercado nacional.
“Nesse momento é muito milho, muito estoque. O Brasil precisar exportar algo ao redor de 55 milhões de toneladas, precisamos procurar um mercado e ter preço para ser competitivo para esvaziar, porque o excedente é grande”, diz.
Mercado Externo
A Bolsa de Chicago (CBOT) encerrou as atividades desta sexta-feira contabilizando movimentações negativas para os preços internacionais do milho futuro e acumularam recuos de até 2,06% ao longo dos últimos sete dias.
O vencimento julho/23 foi cotado à US$ 6,04 com desvalorização de 6,00 pontos, o setembro/23 valeu US$ 5,24 com queda de 4,00 pontos, o dezembro/23 foi negociado por US$ 5,30 com baixa de 2,50 pontos e o março/24 teve valor de US$ 5,40 com perda de 3,00 pontos.
Esses índices representaram quedas, com relação ao fechamento da última quinta-feira (08), de 0,98% para o julho/23, de 0,76% para o setembro/23, de 0,56% para o dezembro/23 e de 0,55% para o março/24.
Na comparação semanal, os contratos do cereal norte-americano acumularam desvalorizações de 0,82% para o julho/23, de 2,06% para o setembro/23, de 2,03% para o dezembro/23 e de 1,82% para o março/24, em relação ao fechamento da última sexta-feira (02).
Segundo informações do site internacional Farm Futures, os preços do milho sofreram perdas moderadas após uma rodada de vendas técnicas parcialmente estimuladas por dados de oferta e demanda sem suporte do último relatório WASDE do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
A publicação destaca que, o USDA não alterou sua área inicial de milho e previsões de rendimento no relatório WASDE de hoje. Por outro lado, aumentou os estoques iniciais em 35 milhões de bushels e reduziu as exportações em 50 milhões de bushels com base nos dados de remessa em andamento. Não houve mudanças de oferta ou uso para 2023/24, o que significa que os estoques finais também aumentaram em 35 milhões de bushels.