A terça-feira (19) chega ao final com os preços futuros do milho recuando na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações despencaram quase 3% e flutuaram na faixa entre R$ 70,34 e R$ 74,31.
O vencimento janeiro/24 foi cotado à R$ 70,34 com desvalorização de 2,91%, o março/24 valeu R$ 74,31 com queda de 2,80%, o maio/24 foi negociado por R$ 73,82 com baixa de 2,48% e o julho/24 teve valor de R$ 72,15 com perda de 1,97%.
A análise da Agrinvest apontou as quedas do dólar ante ao real e as baixas da Bolsa de Chicago como os fatores responsáveis pelos fortes recuos do milho nesta terça-feira na B3.
“O clima tem apresentado melhora para os próximos dias, com temperaturas mais amenas e chuvas retornando para importantes regiões do país. Nas últimas semanas a forte valorização do milho na B3 causou um spread em relação a Chicago e parece que isso está sendo corrigido na sessão de ontem e hoje”, acrescente a consultoria.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho também recuou neste segundo dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou valorização apenas em Londrina/PR, Luís Eduardo Magalhães/BA e Cândido Mota/SP. Já as desvalorizações apareceram em Rondonópolis/MT, Primavera do Leste/MT, Alto Garças/MT, Itiquira/MT, Sorriso/MT e São Gabriel do Oeste/MS.
Confira como ficaram todas as cotações nesta terça-feira
O Analista de Mercado da Brandalizze, Vlamir Brandalizze, pontua que o mercado brasileiro já está começando a se acomodar antes do final de ano em um momento frágil do mercado, que ainda pode cair mais antes de se estabilizar.
Mercado Externo
Os preços internacionais do milho futuro também contabilizaram movimentações negativas nesta terça-feira em suas movimentações na Bolsa de Chicago (CBOT).
O vencimento março/24 foi cotado à US$ 4,72 com perda de 4,25 pontos, o maio/24 valeu US$ 4,85 com baixa de 4,25 pontos, o julho/24 foi negociado por US$ 4,94 com baixa de 4,75 pontos e o setembro/24 teve valor de US$ 4,96 com desvalorização de 5,00 pontos.
Esses índices representaram desvalorizações, com relação ao fechamento da última segunda-feira (18), 1,05% para o março/24, de 0,82% para o maio/24, de 1% para o julho/24 e de 1% para o setembro/24.
Segundo informações do site internacional Farm Futures, os preços do milho sucumbiram a uma rodada de vendas técnicas na terça-feira, que foi alimentada principalmente pelas previsões de chuva para o Brasil e a Argentina, que precisam de umidade depois de enfrentarem uma seca generalizada no início da temporada.
“A fraqueza das repercussões da soja contribuiu para o revés de hoje”, acrescenta a publicação.