Conforme indicado pelo pelo monitoramento WAP USDA, a produção de milho na União Europeia (UE) para o ano de comercialização 2023/2024 é projetada em 59,7 milhões de toneladas métricas, uma redução de 3,7 milhões de toneladas ou 6% em relação ao mês anterior. No entanto, ainda apresenta um aumento de 14% em relação à safra do ano passado, que registrou números baixos.
A área colhida é estimada em 8,2 milhões de hectares, uma redução de 400.000 hectares em comparação ao mês anterior e de 600.000 hectares ou 7% em relação ao ano anterior. Este número também é 8% inferior à média dos últimos cinco anos. A produtividade está estimada em 7,28 toneladas por hectare, uma queda de 2% em relação à estimativa do mês passado, mas ainda 23% acima do registrado no ano passado.
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O mês de julho foi marcado por condições de calor extremo e secura em diversas partes do sul da Europa, período crítico para o desenvolvimento do milho, que se encontrava em fase de floração ou início da formação do grão. Estas fases necessitam de umidade e temperaturas mais amenas, contudo, uma onda de calor predominou na região mediterrânea durante este mês.
Em viagens às regiões de cultivo na Romênia, Bulgária e Hungria, a equipe do FAS observou que a área plantada de milho foi significativamente menor do que as estimativas iniciais. Os agricultores, após enfrentarem safras problemáticas recentemente (sendo a do ano passado uma das mais prejudicadas), optaram por reduzir a área de milho, dando preferência a cultivos de inverno como trigo, colza e cevada. Estes cultivos de inverno são mais adaptados às condições do sudeste europeu, visto que crescem em estações mais úmidas e frias, diferentemente do milho e girassol, que enfrentam o calor e secura intensos de julho e agosto.
Material elaborado pelo metereologista, Gabriel Rodrigues com revisão de Aline Merladete.