A segunda-feira (04) chega ao final com os preços futuros do milho se mantendo positivos nas primeiras posições da Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 53,47 e R$ 64,97.
O vencimento setembro/23 foi cotado à R$ 53,47 com ganho de 0,51%, o novembro/23 valia R$ 57,30 com valorização de 1%, o janeiro/24 foi negociado por R$ 61,13 com elevação de 0,38% e o março/24 teve valor de R$ 64,97 com alta de 0,37%.
De acordo com a análise da Agrinvest, o ritmo de comercialização do milho foi lento nesta segunda-feira, já que diante da falta de Chicago, o mercado de exportação acaba ficando sem referência.
A consultoria aponta ainda que, as altas da B3 vieram diante de preços de exportação para novembro nos postos acima dos R$ 63,00, representando um descolamento em relação ao preço do contrato novembro/23 na B3 que era ao redor de R$ 57,00.
“Essa relação pode trazer algum sinal de recuperação para os preços do milho nesse intervalo, porém, não podemos esquecer de uma safra americana prestes a ser colhida, da qual os produtores americanos ainda estão muito pouco vendidos, o que de certa forma, limita os ganhos para Chicago e por consequência, repercutem sobre a paridade de exportação. Enquanto isso, o milho brasileiro continua sendo o mais barato em relação aos demais exportadores”, pontua a Agrinvest.
Já no mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho registrou mais perdas do que ganhos neste primeiro dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou valorização em Palma Sola/SC e Sorriso/MT. Já as valorizações apareceram nas praças de Ubiratã/PR, Londrina/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Pato Branco/PR e Eldorado/MS.
Confira como ficaram todas as cotações nesta segunda-feira
Ainda nesta segunda-feira, o Cepea divulgou sua nota semanal apontando que a liquidez está reduzida no mercado de milho, e as cotações seguem praticamente estáveis, com o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas/SP) na casa dos R$ 53/sc de 60 kg desde o início da segunda quinzena de agosto.
“Produtores estão concentrados nos trabalhos de campo, com a colheita na reta final em muitas regiões e o início da semeadura da temporada de verão 2023/24 no Rio Grande do Sul e no Paraná. Entre os vendedores ativos no mercado, uma parte aceita negociar o milho a patamares inferiores, no intuito de liberar armazéns, ao passo que outros estão afastados, à espera de que as recentes valorizações nos portos sejam repassadas ao mercado interno. Do lado da demanda, consumidores se mostram estocados e/ou recebendo o produto negociado antecipadamente”, diz o Cepea.