A terça-feira (7) foi de volatilidade para os futuros do milho na Bolsa Brasileira, a B3. Os futuros do cereal inverteram o sinal, aceleraram as perdas e terminaram o dia perdendo mais de 1%. O janeiro concluiu os negócios com R$ 63,27, enquanto o março foi a R$ 67,20 por saca.
O mercado passa por um movimento de correção depois das últimas altas, porém, ainda muito atento às boas e recordes exportações brasileiras, além dos alertas fortes sobre o futuro da segunda safra 2024 diante do atual atraso do plantio da soja em função das adversidades climáticas.
Apesar da correção desta terça, a semana começou com bom ritmo de negócios no Brasil, em especial nos portos, mas também melhor no mercado interno, com uma demanda mais presente das indústrias de ração, como relata o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting.
“Aliado a isso temos uma safra menor nos campos e os indicativos de produção podendo vir menores e desta forma aperto no abastecimento para um mercado em franco crescimento de demanda interna e exportações”, diz.
Todavia, nesta terça-feira, há uma pressão que vem também de uma nova baixa do dólar frente ao real, pesando sobre os futuros no Brasil. A moeda americana encerrou a terça-feira com baixa de 0,4%, sendo cotada a R$ 4,87.
“Para esta semana, o dólar voltou a apreciar em movimento de ajuste a forte queda de 1,2% da semana passada. Mas, o real ignora o movimento externo e, juntamente com o peso colombiano, são as duas únicas divisas a registrarem ganhos frente à moeda norte-americana nas duas primeiras sessões da semana. E o motivo para este descolamento do movimento externo é o forte fluxo comercial que tem entrado no país ao longo deste ano”, explica a Agrinvest.
E as entradas de divisa se devem, inclusive, em partes às safras recordes de soja e milho e ao bom fluxo das exportações de ambos os produtos.
BOLSA DE CHICAGO
Na Bolsa de Chicago, os preços do milho continuaram recuando e fecharam o dia acompanhando as baixas generalizadas entre as commodities neste pregão. Os contratos mais negociados fecharam a terça-feira com perdas de 7,75 a 9 pontos, assim o dezembro foi a US$ 4,68 e o março a US$ 4,83 por bushel.
Lá fora o mercado continua atento à conclusão da colheita americana, que mostra certo atraso em relação ao ano anterior e à média dos últimos anos, acompanhando também as condições climáticas sobre as quais os trabalhos de campo se darão. Ao mesmo tempo, monitoramento também da demanda pelo grão americano.