A quinta-feira (11) chega ao final com os preços futuros do milho registrando poucas movimentações na Bolsa Brasileira (B3), mas ainda assim, com a maior parte das posições negativas. As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 59,01 e R$ 63,43.
O vencimento maio/23 foi cotado à R$ 59,01 com perda de 0,15%, o julho/23 valeu R$ 59,16 com alta de 0,02%, o setembro/23 foi negociado por R$ 61,16 com queda de 0,07% e o novembro/23 teve valor de R$ 63,43 com baixa de 0,27%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, o mercado da B3 está se alinhando entre R$ 60,00 e R$ 63,00, após trabalhar entre R$ 62,00 e R$ 67,00, porque a cada semana que se passa, garante que a safrinha está chegando.
“Hoje o relatório da Conab confirma isso, está prevendo uma supersafra de milho, vem safra cheia de milho e é isso que a B3 está mostrando. Vai alinhar o mercado entre R$ 60,00 e R$ 65,00 para região de Campinas/SP e o porto também neste patamar”, diz Brandalizze.
Nesta quinta-feira, a Conab divulgou sua atualização mensal das perspectivas de produção nacional apontando para uma safra de milho 125,5 milhões de toneladas de milho no total de safras, sendo 96,1 milhões apenas na segunda safra.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca também recuou neste penúltimo dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas não encontrou valorizações em nenhuma das praças, mas percebeu desvalorizações em Castro/PR, Sorriso/MT e Machado/MG.
Confira como ficaram todas as cotações nesta quinta-feira
De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, “o milho segue pressionado pelo Brasil, a demanda está fraca em um momento de expectativa com boa oferta futura, o que traz o cereal para a casa dos R$ 60,00/sc, em Campinas/SP”.
Mercado Externo
Os preços internacionais do milho futuro também tiveram uma quinta-feira negativa para as movimentações da Bolsa de Chicago (CBOT).
O vencimento maio/23 foi cotado à US$ 6,32 com desvalorização de 13,00 pontos, o julho/23 valeu US$ 5,82 com perda de 11,75 pontos, o setembro/23 foi negociado por US$ 5,15 com baixa de 7,75 pontos e o dezembro/23 teve valor de US$ 5,13 com queda de 7,00 pontos.
Esses índices representaram desvalorizações, com relação ao fechamento da última quarta-feira (10), de 2,02% para o maio/23, de 2,02% para o julho/23, de 1,34% para o setembro/23 e de 1,35% para o dezembro/23.
Segundo informações do site internacional Successful Farming, os preços futuros do milho caíram nesta quinta-feira esperando os números do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) sobre oferta e demanda que serão divulgados no relatório Wasde desta sexta-feira (12).
“O comércio ainda espera que o grão flua e espera que o USDA projete estoques crescentes de milho e soja em seus balanços de nova safra no relatório de safra WASDE de amanhã”, disse ao Successful Farming, Arlan Suderman, economista-chefe de commodities da StoneX.
O analista da Farm Futures, BenPotter ainda destaca o papel negativo de uma rodada ruim de dados de vendas de exportação do USDA esta manhã, juntamente com um ritmo de plantio mais rápido do que o normal até agora nesta primavera.
O USDA informou vendas semanais de 257,3 mil toneladas de milho da temporada 2022/23, dentro do esperado que era algo entre o cancelamento de 100 mil toneladas e vendas de 800 mil. O Japão foi o maior comprador do milho americano.