A sexta-feira (29) chega ao final com os preços futuros do milho registrando leves recuos na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 58,36 e R$ 66,00, mas acumularam valorizações semanais e mensais ao longo de setembro.
O vencimento novembro/23 foi cotado à R$ 58,36 com queda de 0,36%, o janeiro/24 valeu R$ 62,35 com perda de 0,32%, o março/24 foi negociado por R$ 66,00 com baixa de 0,60% e o maio/24 teve valor de R$ 65,70 com desvalorização de 0,61%.
No acumulado semanal, os contratos do cereal brasileiro acumularam elevações de 2,57% para o novembro/23, de 2,13% para o janeiro/24, de 1,54% para o março/24 e de 1,55% para o maio/24, com relação ao fechamento da última sexta-feira (22).
Já na trajetória ao longo do mês de setembro, os preços futuros do milho acumularam valorizações de 0,90% para o setembro/23, de 2,93% para o novembro/23, de 2,75% para o janeiro/24, de 2,72% para o março/24 e de 1,97% para o maio/24, na comparação com o fechamento do dia 31 de agosto.
O Analista da Céleres Consultoria, Enílson Nogueira, aponta que com o término da colheita da segunda safra no Brasil, o mercado deixa de olhar para a oferta e passa a prestar mais atenção à demanda, que está aquecida especialmente nas exportações.
Nogueira destacou que os embarques de agosto foram recordes, os de setembro estão muito elevados e as indicações para o restante de 2023 também estão fortes, o que indica que os preços do milho podem melhorar na virada de ano e trazer boas condições de comercialização para os produtores brasileiros.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho teve um último dia da semana negativo. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou valorização apenas em Sorriso/MT. Já as desvalorizações apareceram nas praças de Londrina/PR, Castro/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Pato Branco/PR, Palma Sola/SC, Rondonópolis/MT, Primavera do Leste/MT, Alto Garças/MT, Itiquira/MT, Jataí/GO, Rio Verde/GO, Brasília/DF, São Gabriel do Oeste/MS, Eldorado/MS, Cândido Mota/SP e Porto de Santos/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira
A consultoria Agrivest avaliou que, “a queda do dólar e um mercado cauteloso em relação aos movimentos recentes desta sexta-feira, acabaram diminuindo o ritmo de negócios no mercado interno, assim como as ideias de venda de alguns vendedores que haviam subido nas sessões anteriores, sustentadas por um dólar mais forte no decorrer da semana”.
Mercado Externo
Os preços internacionais do milho futuro tiveram uma sexta-feira bastante negativa na Bolsa de Chicago (CBOT), mas encerraram a semana com movimentações próximas da estabilidade, acumulando leves perdas ao longo do mês de setembro.
O vencimento dezembro/23 foi cotado à US$ 4,76 com desvalorização de 11,75 pontos, o março/24 valeu US$ 2,39 com perda de 11,50, o maio/23 foi negociado por US$ 5,00 com baixa de 11,25 pontos e o julho/24 teve valor de US$ 5,05 com queda de 10,75 pontos.
Esses índices representaram desvalorizações, com relação ao fechamento da última quinta-feira (28), de 2,46% para o dezembro/23, de 2,39% para o março/24, de 2,15% para o maio/24 e de 2,13% para o julho/24.
No acumulado semanal, os contratos do cereal norte-americano acumularam perdas de 0,21% para o novembro/23, de 0,20% para o janeiro/24 e de0,20% para o março/24, além de estabilidade para o maio/24, com relação ao fechamento da última sexta-feira (22).
Já na trajetória ao longo do mês de setembro, os preços futuros do milho acumularam baixas de 0,42% para o dezembro/23, de 0,61% para o março/24 e de 0,40% para o maio/24, além de alta de 0,22% para o setembro/23 e de 0,40% para o julho/24, na comparação com o fechamento do dia 31 de agosto.
Segundo informações do site internacional Farm Futures, os preços do milho tiveram a oportunidade de subir na sexta-feira, depois que o México anunciou uma grande compra relâmpago esta manhã e depois que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) mostrou estoques trimestrais abaixo do esperado.
No entanto, a publicação destaca que, a fraqueza das repercussões de um amplo conjunto de outras matérias-primas desencadeou uma ronda de vendas técnicas que levou a perdas visíveis.
Ainda na parte da manhã desta sexta-feira, exportadores privados anunciaram ao USDA a venda de 8,8 milhões de bushels de milho para entrega ao México durante a campanha de comercialização de 2023/24, que começou em 1º de setembro.
Depois, os estoques de milho da safra antiga em 1º de setembro de 2023 estavam em 1,36 bilhão de bushels, caindo 1% ano a ano. Isso ficou abaixo da estimativa média dos analistas de 1,429 bilhão de bushels, mas ainda dentro da faixa das estimativas comerciais, que ficou entre 1,320 bilhão e 1,487 bilhão de bushels.