A quarta-feira (31) chega ao final com os preços futuros contabilizando novas movimentações negativas na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações recuaram até 3% e flutuaram na faixa entre R$ 53,88 e R$ 62,09, acumulando desvalorização de até 14% ao longo do mês de maio.
O vencimento julho/23 foi cotado à R$ 53,88 com desvalorização de 3,06%, o setembro/23 valeu R$ 57,30 com baixa de 2,52%, o novembro/23 foi negociado por R$ 59,40 com perda de 2,54% e o janeiro/24 teve valor de R$ 62,09 com queda 1,43%.
Na comparação mensal, os contratos do cereal brasileiro acumularam desvalorizações de 10,19% para o maio/23, de 14,64% para o julho/23, de 11,59% para o setembro/23, de 11,87% para o novembro/23 e de 11,30% para o janeiro/24, em relação ao fechamento do dia 28 de abril.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, destaca que a safrinha brasileira está chegando e isso traz pressão de queda nos preços do mercado brasileiro futuro, nas praças de balcão e nos portos para exportação.
Na visão da consultoria SAFRAS & Mercado, após encerrar o mês de maio com boas ofertas de milho disponíveis no mercado e com consumidores adquirindo apenas poucos volumes, o mercado brasileiro de milho deve manter viés baixista nos primeiros dias de junho.
“O foco do setor no curto prazo seguirá no clima, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, bem como no câmbio que será determinante para definição da paridade de exportação do cereal brasileiro até o final do ano”, detalha a consultoria.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho também recuou neste meio de semana. A única valorização encontrada pela equipe do Notícias Agrícolas foi em Castro/PR. Já as desvalorizações apareceram nas praças de Não-Me-Toque/RS, Londrina/PR, Sorriso/MT e Campinas/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta quarta-feira
O levantamento da SAFRAS & Mercado aponta uma queda média em torno de 14,61% no preço da saca de milho no Brasil, ficando com valor médio de R$ 54,62. “A tendência é de que os preços sigam pressionados no médio prazo”, diz.
Mercado Externo
A Bolsa de Chicago (CBOT) também encerrou as atividades desta quarta-feira com movimentações negativas para os preços internacionais do milho futuro, que acumularam flutuações em campo misto ao longo do mês de maio.
O vencimento julho/23 foi cotado à US$ 5,94 com estabilidade, o setembro/23 valeu US$ 5,16 com perda de 3,75 pontos, o dezembro/23 foi negociado por US$ 5,21 com baixa de 3,50 pontos e o março/24 teve valor de US$ 5,31 com queda de 3,25 pontos.
Esses índices representaram perdas, com relação ao fechamento da última terça-feira, de 0,77% para o setembro/23, de 0,76% para o dezembro/23 e de 0,56% para março/24, além de estabilidade para o julho/23.
Na comparação mensal, os contratos do cereal brasileiro acumularam desvalorizações de 0,47% para o maio/23, de 2,27% para o setembro/23 e de 1,14% para o dezembro/23, além de ganhos de 1,54% para o julho/23 e de 1,14% para o março/24, em relação ao fechamento do dia 28 de abril.
Segundo informações do site internacional Successful Farming, os contratos futuros do milho recuaram em Chicago de olho nas previsões climáticas para o desenvolvimento das lavouras dos Estados Unidos.
“Está quente e seco em grande parte do meio-oeste esta semana, mas as previsões continuam aumentando as chances de chuva à medida que avançamos em junho, especialmente na segunda semana completa de junho. Não é que a chuva na previsão esteja causando a venda de grãos e oleaginosas, mas sim que elimina a única ameaça atual para os gestores de fundos, vendendo o complexo e levando os preços para baixo”, disse Arlan Suderman, economista-chefe de commodities da StoneX.