Nesta terça-feira (5), o mercado do milho registrou mais uma sessão de boas altas na B3. Os futuros do cereal subiram entre 0,81% e 1,40%, levando o janeiro a R$ 70,79 e o março a R$ 74,58 por saca. Os prçeos subiram durante toda a sessão, refletindo o cenário de sustentação para as cotações do cereal neste momento.
A demanda forte pelo cereal brasileiro combinada com as preocupações sobre a segunda safra do ano que vem dão espaço à recuperação das cotações e, segundo analistas e consultores, têm espaço para continuar.
Além da demanda externa, na exportação permanecer aquecida, se intensifica também a demanda interna por milho. “O mercado do começou a semana em ritmo de negócios atrelados a exportação, porque os portos mostravam indicativos mais atrativos e novamente alt, desta vez com avanços em todos os pontos de compra dos portos”, afirma o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting.
Ainda assim, o ritmo de novos negócios é limitado entre os produtores, os quais mantêm-se focados nos trabalhos de campo – seja no plantio da soja ou do milho verão – além de estarem bastante inseguros em relação à safrinha de 2024. A oferta será, inevitavelmente, menor do que o inicialmente esperado.
Em entrevista ao Notícias Agrícolas nesta terça, o analista de fertilizantes da Agrinvest Commodities, Jeferson Souza, afirmou que o atraso nas compras de insumos para o milho da segunda safra do ano que vem é um dos maiores da história – sinalizando uma redução de área considerável – destacando um atraso de, pelo menos, de 18 a 20 pontos percentuais somente na compra de fertilizantes em relação à média dos últimos cinco anos.
BOLSA DE CHICAGO
Na Bolsa de Chicago, o mercado trabalha com estabilidade, lateralizado, à espera do novo boletim mensal de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Atenção aos estoques finais norte-americanos e à demanda pelo milho do país, que tem se mostrado mais competitivo agora em relação a outras origens.
As cotações encerraram o dia com altas de 4,50 a 8,25 pontos, com o dezembro valendo US$ 4,68 e o março, US$ 4,90 por bushel.
Além disso, a demanda interna pelo grão nos EUA também deverá ser maior em função do inverno rigoroso, ainda segundo Brandalizze. “O mercado do milho continua sem rumo definido, mas o certo é que o inverno está forte e vai aumentar a demanda de ração”.