Após começarem a segunda-feira (28) operando no campo negativo da Bolsa Brasileira (B3), os preços futuros do milho encerraram as atividades do primeiro dia da semana contabilizando movimentações levemente positivas. As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 53,95 e R$ 65,20.
O vencimento setembro/23 foi cotado à R$ 53,95 com queda de 0,44%, o novembro/23 valeu R$ 57,60 com alta de 0,52%, o janeiro/24 foi negociado por R$ 61,54 com ganho de 0,31% e o março/24 teve valor de R$ 65,20 com estabilidade.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, as cotações do milho na B3 receberam apoio de alta vindo de Chicago, mas tiveram a força limitada pelo fator colheita da segunda safra brasileira avançando e prometendo mais de 100 milhões de toneladas ao final das atividades.
“Tem um pouco mais de 80% colhido neste momento e tem a maior parte dela para ser negociada, e isso é o peso que está no mercado. A alta do diesel está pesando no frete, não tem frete disponível, está faltando caminhões e com isso o frete aumenta mais. Também não há capacidade de embarque de grandes volumes, porque continua embarcando muita soja, estamos estrangulados nos portos”, aponta Brandalizze.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho registrou mais altas do que baixas neste primeiro dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou desvalorização apenas em Brasília/DF. Já as valorizações apareceram nas praças de Sorriso/MT, Jataí/MT e Rio Verde/GO.
Confira como ficaram todas as cotações nesta segunda-feira
Ainda nesta segunda-feira, o Cepea divulgou sua nota semanal apontando que, as exportações brasileiras de milho têm se intensificado nas últimas semanas e os embarques vêm dando suporte aos preços domésticos, com o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas – SP) atravessando este mês de agosto operando entre R$ 52 e R$ 53/saca de 60 kg.
“Neste cenário, parte dos produtores se afastou do spot, à espera de recuperação nos valores. Ao mesmo tempo em que a colheita de segunda safra avança na maior parte das regiões, produtores também já iniciaram a semeadura da temporada 2023/24 em algumas praças”.
Mercado Externo
Os preços internacionais do milho futuro operaram ao longo de toda a segunda-feira no campo positivo da Bolsa de Chicago (CBOT) e encerraram o primeiro pregão da semana acumulando movimentações positivas.
O vencimento setembro/23 foi cotado à US$ 4,78 com elevação de 7,75 pontos, o dezembro/23 valeu US$ 4,96 com valorização de 8,25 pontos, o março/24 foi negociado por US$ 5,11 com ganho de 8,25 pontos e o maio/24 teve valor de US$ 5,19 com alta de 8,25 pontos.
Esses índices representaram elevações, com relação ao fechamento da última sexta-feira (25), de 1,70% para o setembro/23, de 1,64% para o dezembro/23, de 1,79% para o março/24 e de 1,57% para o maio/24.
Segundo informações do site internacional Farm Futures, os preços do milho obtiveram ganhos sólidos em uma rodada de compras técnicas, em grande parte estimuladas pela probabilidade de o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) rebaixar suas classificações de qualidade no relatório de progresso da safra de hoje, após um período de tempo quente e seco no Centro-Oeste na semana passada.
“Devido às condições excessivamente quentes generalizadas no Centro-Oeste na semana passada, os analistas esperam que a agência reduza as classificações do milho em três pontos na semana que termina a 27 de agosto, com 55% da safra agora em condições boas a excelentes. As estimativas comerciais individuais variaram entre 52% e 56%”, destaca o analista da Farm Futures, BenPotter.