Os preços do milho no Brasil mostraram um nível de alta em algumas regiões, embora sem variações significativas, de acordo com a análise da Central Internacional de Análises Econômicas e Estudos de Mercado Agropecuário (CEEMA). No Rio Grande do Sul, a semana fechou com uma média de R$ 53,47 por saco, enquanto as principais praças locais continuam pagando R$ 52,00. Em outras partes do país, o milho foi cotado entre R$ 36,00 e R$ 55,00 por saco. Na Bolsa de Valores B3, o pregão do dia 25/10 registrou valores entre R$ 59,44 e R$ 66,59 por saco para os primeiros meses cotados.
Veja também: Petróleo em alta pode impactar cotações da soja e do milho
Atualmente, a pressão de oferta persiste no mercado nacional, mas os preços indicam estabilização nos níveis atuais. No entanto, as restrições do mercado na B3 sugerem que para o final de 2024 e o início de 2025, as cotações do milho podem ser 10% melhores do que as posições atuais. Isso aponta para um futuro mais promissor para a cultura, considerando que o cereal está sendo comercializado a preços relativamente baixos tanto no mercado mundial quanto no mercado brasileiro. Com o tempo, espera-se que os preços se normalizem, oferecendo as melhores cotações aos produtores.
Por outro lado, de acordo com o último relatório da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o planejamento da nova safra de verão brasileira atingiu 33% da área total prevista nesta semana, em comparação com 35,8% no mesmo período do ano anterior . Os estados mais avançados nesse processo são Paraná (89%), Santa Catarina e Rio Grande do Sul (77%), São Paulo (20%) e Minas Gerais (7,1%).
No Paraná, o Departamento de Economia Rural (Deral) revelou que 91% da área semeada com milho de verão estava plantada até esta semana. Deste total, 5% encontraram-se em germinação e 87% em boas condições.
Nos primeiros 14 dias úteis de outubro, o Brasil exportou 5,9 milhões de toneladas de milho, com uma média diária 17,9% superior ao mesmo mês do ano anterior. As exportações nacionais de milho totalizaram 34 milhões de toneladas nos primeiros nove meses do ano. Considerando o volume já exportado em outubro, a expectativa é que o alcance anual total fique entre 50 e 57 milhões de toneladas. Esse volume exportado tem a suspensão dos preços do cereal e sugere a possibilidade de uma recuperação antes do início da nova safra de verão.