A terça-feira (31) chega ao fim com os preços futuros do milho contabilizando avanços na Bolsa Brasileira (B3), mesmo após abrirem o dia com recuos. As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 60,61 e R$ 68,60 e acumularam valorizações ao longo de outubro.
O vencimento novembro/23 foi cotado à R$ 60,61 com queda de 0,41%, o janeiro/24 valeu R$ 64,70 com alta de 0,54%, o março/24 foi negociado por R$ 68,60 com elevação de 0,59% e o maio/24 teve valor de R$ 68,01 com ganho de 0,31%.
No acumulado mensal de outubro, os contratos do cereal brasileiro contabilizaram valorizações de 3,86% para o novembro/23, de 3,77% para o janeiro/24, de 3,94% para o março/24 e de 3,53% para o maio/24, com relação ao fechamento do dia 29 de setembro.
No mercado físico brasileiro, o preço do milho registrou ganhos neste último dia do mês. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou desvalorização apenas em Castro/PR. Já as valorizações apareceram nas praças de Londrina/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Sorriso/MT, Dourados/MS, Eldorado/MS, Cândido Mota/SP e Porto de Santos/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta terça-feira
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, o mercado do milho voltou a ter ambiente positivo tanto no mercado interno quanto no mercado externo.
“O milho continua barato tanto aqui dentro quanto lá fora e tem argumentos para subir mais tanto na B3 quanto na parte de Chicago”, afirma Brandalizze.
O analista ainda destaca a expectativa de fechar o mês de outubro acima de 8 milhões de toneladas de milho exportadas pelo Brasil, já que os portos seguem compradores. “Voltamos a ter ambiente para ir perto dos R$ 70,00 a saca”, diz.
Mercado Externo
Os preços internacionais do milho futuro também abriram as atividades desta terça-feira no campo negativo da Bolsa de Chicago (CBOT), mas encerram o último pregão do mês somando leves movimentações positivas e acumulando avanços ao longo de outubro.
O vencimento dezembro/23 foi cotado à US$ 4,78 com ganho de 0,50 pontos, o março/24 valeu US$ 4,93 com elevação de 0,25 pontos, o maio/24 foi negociado por US$ 5,01 com alta de 0,75 pontos e o julho/24 teve valor de US$ 5,08 com valorização de 1,00 ponto.
Esses índices representaram ganhos, com relação ao fechamento da última segunda-feira (30), de 0,20% para o março/24 e para o julho/24, além de estabilidade para o dezembro/23 e para o maio/24.
No acumulado mensal de outubro, os contratos do cereal norte-americano contabilizaram elevações de 0,42% para o dezembro/23, de 0,41% para o março/24, de 0,20% para o maio/24 e de 0,59% para o julho/24, com relação ao fechamento do dia 29 de setembro.
A análise da Agrinvest aponta que apesar da Ucrânia estar tentando voltar para o jogo nas exportações de grãos por seu corredor humanitário alternativo, a capacidade de execução nos portos ucranianos do Mar Negro ainda é uma dúvida.
Vlamir Brandalizze acrescenta ainda uma preocupação do mercado com relação ao clima na América do Norte, já que nevascas pode prejudicar as lavouras ainda em campo nos Estados Unidos e no Canadá.