As atividades de colheita de milho avançam por todo o Brasil, e, de acordo com o boletim semanal da Conab, os resultados obtidos variam de acordo com a região e as condições climáticas apresentadas. Em Mato Grosso, o ciclo de colheita está quase completo. Nas áreas restantes, os resultados demonstram que os grãos possuem uma boa qualidade e estão rendendo de forma satisfatória. Já em Mato Grosso do Sul, enquanto a região Centro-Norte teve uma considerável evolução da colheita, a região Sudoeste enfrenta desafios com a umidade elevada, tornando as operações intermitentes.
Em Goiás, o cenário é mais favorável. A baixa umidade tem sido uma aliada na secagem dos grãos, contribuindo para uma colheita progressiva. Os grãos colhidos nessa região estão se mostrando de boa qualidade, com um peso específico adequado.
Por outro lado, o Paraná enfrenta alguns entraves. Chuvas intensas têm sido um empecilho para o avanço da colheita. Somado a isso, ventos fortes provocaram o acamamento de plantas em certas áreas, tornando as operações de colheita mais desafiadoras.
No estado de São Paulo, cerca de 40% da área total destinada ao cultivo de milho já foi colhida. Os resultados até o momento são promissores, com grãos rendendo bem.
Em Minas Gerais, a estratégia tem sido um pouco diferente. Com foco em economizar nos custos de secagem, os produtores estão aguardando um melhor momento, em que a umidade dos grãos esteja mais baixa, para então iniciar a colheita.
No Maranhão, a colheita está quase concluída. No Leste do estado, espera-se que as áreas restantes sejam colhidas até o final da segunda quinzena de agosto.
Tocantins segue um ritmo similar ao de Mato Grosso, com apenas algumas áreas aguardando a colheita, que deve ser finalizada nos próximos dias.
Por fim, no Pará, ainda que as condições climáticas se mostrem favoráveis para a secagem e colheita dos grãos, a capacidade estática de armazenamento tem limitado o avanço das operações.
Assim, enquanto alguns estados mostram uma evolução considerável na colheita do milho em relação à semana anterior, outros ainda têm um caminho considerável a percorrer para alcançar os níveis da safra anterior. Ao considerarmos todos os nove estados mencionados, percebemos que a média de colheita passou de 64,3% para 72,4%, um aumento significativo, mas ainda abaixo da média de 86,4% da safra passada.
Em Goiás, houve um crescimento expressivo na porcentagem colhida, saindo de 68,0% na semana anterior para 80,0% no dia 12 de agosto, embora ainda esteja abaixo dos 92,0% colhidos na safra passada.
O Piauí teve um avanço ainda mais marcante, alcançando 93,0% da colheita em comparação aos 80,0% da semana anterior, ultrapassando os 87,0% da safra passada. Já Tocantins, que teve uma safra completa anteriormente, manteve seu desempenho elevado, indo de 92,0% para 98,0%.
São Paulo apresentou um dos aumentos mais significativos, indo de apenas 7,0% para 40,0% em uma semana, embora ainda esteja aquém dos 75,0% da safra anterior. Em Minas Gerais, a colheita avançou de 47,0% para 58,0%, mas ainda está abaixo dos 76,0% da safra anterior.
No Maranhão, o ritmo também foi acelerado, com uma evolução de 75,0% na semana anterior para 96,0% no dia 12 de agosto, quase alcançando o percentual de 97,0% da safra passada.
Enquanto isso, o Mato Grosso do Sul teve uma elevação mais modesta, de 20,0% para 28,0%, bem abaixo dos 65,0% da safra anterior. O Mato Grosso, por sua vez, manteve-se próximo de sua performance máxima, com 99,1% já colhidos em relação a 95,2% da semana anterior e 100,0% da safra passada.
No Paraná, a colheita avançou de 17,0% para 28,0%, um crescimento notável, mas ainda muito inferior aos 69,0% colhidos na safra anterior.
Informações obtidas no boletim de Progresso de Safra da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab)
