Os preços da soja continuam subindo nesta sexta-feira (4), porém, amenizando o movimento de alta na Bolsa de Chicago. Por volta de 12h (horário de Brasília), os futuros da oleaginosa subiam de 8,25 a 12,50 pontos, levando o agosto a US$ 14,37 e o novembro a US$ 13,37 por bushel.
A soja acompanhou os movimentos do milho e do trigo, que também viram suas altas perderem força, mas sem se desviar das novas notícias. Mais cedo, o trigo chegou a subir mais de 3%, depois da notícia de um ataque ucraniano que danificou um navio russo na madrugada desta sexta.
“E o maior risco ao abastecimento global de trigo nunca foi a Ucrânia, mas a Rússia”, explicou o analista de mercado Eduardo Vanin, da Agrinvest Commodities.
As altas da soja são reflexo ainda, como explicam os analistas internacionais do portal Farm Futures, da melhor demanda pela oleaginosa americana que vem sendo registrada nas últimas semanas.
Além disso, o mercado vai se ajustando para as novas informações que chegam nos próximos dias.
Agosto é um mês decisivo para a soja nos Estados Unidos, por isso, as condições climáticas e os números que chegam pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) no dia 11, em seu novo reporte mensal de oferta e demanda, dominam as atenções dos traders neste momento.
Dessa forma, como explica o analista Luiz Fernando Gutierrez, da Safras & Mercado, as incertezas sobre o clima nos EUA garantem que a volatilidade permaneça até que se conheça, efetivamente, o tamanho da produção americana. Na sequência, olhos voltados para a América do Sul e o início da safra 2023/24 por aqui.
As movimentações no mercado financeiro também estiveram muito presentes no caminhar dos preços nesta semana, pesando mais em dias de maior aversão ao risco. Na tarde de hoje, sobem ainda os preços do petróleo, enquanto o dólar index recuava 0,7%.
O que ainda limita os ganhos da soja em Chicago são as previsões que indicam melhores chuvas e temperaturas mais amenas para a próxima semana no Corn Belt.