Em uma situação em que os preços dos cereais estão em queda e os preços da energia continuam subindo, os agricultores estão buscando maneiras de aumentar a rentabilidade de sua produção. Portanto, na escolha das sementes, os produtores agrícolas estão cada vez mais concentrados não apenas no indicador de rendimento, mas também na capacidade de reter umidade. Isso é particularmente crucial nas regiões do norte, onde o milho é colhido com cerca de 25% de umidade ou mais.
Andrey Medvedev, responsável pela produção de milho na empresa Limagren, compartilha informações sobre o que influencia a retenção de umidade nas sementes e o que deve ser levado em consideração ao escolher híbridos para economizar no processo de secagem. A taxa na qual os grãos perdem umidade durante o amadurecimento está se tornando um critério cada vez mais importante na seleção de sementes, especialmente em regiões onde a secagem do milho é necessária.
“Os custos energéticos associados à secagem dos grãos são elevados, independentemente do tipo de secador utilizado pelos agricultores, seja gás, gasolina, diesel ou mesmo aqueles que funcionam com carvão”, explica ele.
O processo de redução da umidade dos grãos na fase pré-colheita ocorre em duas etapas distintas. A primeira etapa persiste até o início da maturidade fisiológica ou até que um ponto preto (na base do grão), que indica o final do ciclo vegetativo e o enchimento do grão, apareça. Essa etapa é influenciada principalmente pela temperatura do ar devido ao acúmulo de matéria orgânica no endosperma.
A segunda fase ocorre após a maturidade fisiológica. Agora, a umidade é perdida devido à evaporação física, cuja taxa depende principalmente da umidade relativa do ar e da quantidade de precipitação, operando de forma inversamente proporcional.
