Cerca de 300 participantes entre pesquisadores, professores, estudantes, produtores rurais, cooperativas, gestores públicos, consultores, técnicos, profissionais da indústria e demais atores relacionados à cadeia do cacau e chocolate participaram nesta semana do II Simpósio Sobre Sistemas Agroflorestais com Cacaueiro, em Altamira (PA). No evento, realizado nos dias 14 e 15 de junho, eles puderam trocar informações e experiências técnico-científicas sobre sistemas agroflorestais como modelo de agricultura sustentável.
O Simpósio foi realizado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), por meio da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), da Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo (SDI), em parceria com o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) e demais instituições. A iniciativa visa a proposição de políticas e programas que aumentem a eficiência da cadeia de valor do cacau na Amazônia e no estado do Pará.
Durante os dois dias, sete painéis trataram de temas como oportunidades de empreendedorismo, comercialização, acesso a mercados internacionais, rastreabilidade, financiamento, assistência técnica e inovações tecnológicas. A diretora da Ceplac, Lucimara Chiari, ressaltou a importância do Simpósio para o polo cacaueiro transamazônico. “Essa é a região produtora de cacau do Brasil que mais cresce na utilização dos sistemas agroflorestais e na recuperação de áreas de pastagens degradadas, aliando produção e responsabilidade socioambiental”.
O tema “Cadeias Descarbonizadas na valorização dos produtos agropecuários” foi apresentado pela diretora do Departamento de Desenvolvimento das Cadeias Produtivas e de Indicações Geográficas (Decap/SDI), Fabiana Villa Alves, durante o painel “Resiliência dos Sistemas Agroflorestais (SAF): adaptação às mudanças climáticas e o papel do SAF na mitigação do passivo ambiental”, que contou, também, com palestras do IPAM e da Cooperativa Agrícola Mista de Tomé-Açu (CAMTA).
Além do Mapa e do IPAM, participaram da organização do evento o governo do Pará, a GIZ, a Embrapa Amazônia Oriental, a Universidade Federal do Pará, a Sociedade Brasileira de Sistemas Agroflorestais, o Instituto de Desenvolvimento Florestal, entre outros apoiadores.