A primeira edição no Pará do International Fish Congress & Fish Expo Amazônia será realizada em novembro deste ano no Hangar – Centro de Convenções da Amazônia. O anúncio foi feito por representantes da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap) e da organização do IFC Brasil durante a celebração da parceria para a realização da programação que vai envolver congresso internacional e feira de negócios. Com apoio do Governo do Pará e das principais entidades do setor o evento terá a participação de representantes da cadeia do pescado e especialistas nacionais e internacionais. A comissão organizadora, composta por representantes do Governo do Pará, por meio da Sedap, e do IFC Brasil prevê realizar o maior evento do setor sobre peixes amazônicos e sustentabilidade.
A reunião que marcou o start do projeto em Belém, contou com a participação do titular da Secretaria, Giovanni Queiroz, acompanhado de representantes da Diretoria de Pesca e da Coordenadoria de Aquicultura. Também participaram do encontro o presidente do IFC Brasil e da Expomar, Altemir Gregolin, ex-ministro da Pesca a CEO da Fish Expo, Eliana Panty; Felipe Matias – Consultor da FAO e Ex. Secretário de Planejamento e Ordenamento da Aquicultura do Ministério da Pesca e Aquicultura que atua nas áreas de Gestão Estratégica, Sustentabilidade e Inovações Tecnológicas voltadas para a aquicultura.
De acordo com Altemir Gregolin, o evento proposto para três dias abrangerá um congresso internacional envolvendo todos os países da região amazônica, e uma feira de tecnologias em negócios. “Nós queremos pensar grande e em longo prazo, desenvolver efetivamente essa alternativa de produção de alimento, de matéria prima de uma proteína saudável, preservando a floresta e dando sustentabilidade pra essa região”, adiantou.
Ele ressaltou que o IFC Brasil será um grande evento internacional na área de pescado, que terá o desenvolvimento da cadeia produtiva de pesca e aquicultura na Amazônia como ponto central. “A ideia é desenvolver essa atividade na Amazônia, que tem a maior reserva de água doce do mundo”, reiterou Altemir Gregolin.
A CEO da Fish Expo Amazônia, Eliana Panty, destacou que a proteína chave para alimentar o mundo é sustentável e virá da água. “A previsão da Organização das Nações Unidas é de que a população mundial chegará a 10 bilhões de pessoas até 2050, com 70% vivendo nas cidades, isso aparece no horizonte da aquicultura brasileira como uma responsabilidade e também uma grande oportunidade, que impõe a necessidade de aumentar a oferta de alimentos preservando os recursos naturais entre eles a água para futuras gerações. Por isso realizaremos o primeiro IFC Amazônia para discutir como o Brasil e a região amazônica pode contribuir”, ressalta.
O Pará, ressaltou o titular da Sedap, Giovanni Queiroz, é um dos grandes expoentes do setor pesqueiro e aquícola, e tem tudo para atrair no evento expositores da América Latina e de multinacionais, como já ocorre em programações realizadas no sul do Brasil. “O ex-ministro Gregolin tem uma experiência extraordinária em eventos internacionais e já promove, há algum tempo, eventos semelhantes no Paraná e em Santa Catarina. Ele propôs para a Amazônia um encontro para discutirmos e trazer convidados para conversar e conhecer melhor o potencial extraordinário que nós temos no Pará”, disse Queiroz.
Ele ressaltou que o território paraense tem o maior volume de água doce do mundo, além de importante litoral marítimo. Um evento da magnitude do IFC, destacou Giovanni Queiroz, trará empresas, cientistas e pesquisadores do mundo inteiro para discutir com o segmento local assuntos de interesse do Pará. “Até para atrair empreendedores que possam vir a nos ajudar a produzir o pescado no sistema da aquicultura”, enfatizou o secretário.
Fenômeno recente
Panty observa a recente migração de indústrias que atuam em proteínas como aves para a aquicultura, além do crescimento dos atuais players do setor “No mundo todo os participantes do mercado na indústria da aquicultura implementaram aquisições, parcerias e acordos, fusão e expansão geográfica como sua principal estratégia de desenvolvimento para aumentar a lucratividade e avançar sua posição na participação no mercado de aquicultura. Aqui no Pará mesmo os interesses são crescentes com a oferta de grãos e a possibilidade de safras de peixes de cultivo o ano todo, muito recentemente uma tradicional indústria de aves da Região sul adquiriu uma indústria de processamento de pescados no nordeste paraense. A localização geográfica do estado em relação a América do Norte acende o alerta para a facilidade de exportações”, observa.
O IFC Amazônia conta com o apoio do Governo do Pará através da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca, Sistema Faepa – Federação da Agricultura e Pecuária do Pará e Senar.