As cotações futuras do açúcar encerraram a sessão desta terça-feira (31) com alta expressiva nas bolsas de Nova York e Londres. O mercado teve suporte da atenção ao Brasil, com chuvas previstas para os próximos dias e potencial de impacto na colheita.
O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York teve valorização de 1,27%, cotado a 27,09 cents/lb, com máxima em 27,15 cents/lb e mínima de 26,69 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato teve alta de 1,07%, negociado a US$ 728,10 a tonelada.
O mercado do açúcar opera no campo positivo desde a manhã desta terça-feira, mas o suporte principal para as valorizações expressivas do fim do dia veio dos temores dos operadores com a finalização da safra 2023/24 do Centro-Sul do Brasil.
“Os comerciantes disseram que as fortes chuvas no Centro-Sul do Brasil poderiam levar a atrasos na colheita, embora as perspectivas para a produção de açúcar na região permanecessem favoráveis”, reportou a agência de notícias Reuters no dia.
Depois de queda de mais de 2% na sessão anterior, o adoçante também teve algum suporte de ajuste de posições nesta tarde de terça-fera nas bolsas externas. Além disso, o financeiro também contribuiu para os ganhos no mercado do adoçante.
O petróleo chegou a subir, mas caía mais de 1% nesta tarde. O óleo bruto impacta na decisão de produção das usinas, se será mais voltada ao etanol ou o açúcar. Já o dólar tinha queda sobre o real, o que desencoraja exportações e dá suporte aos preços.
Nos fundamentos, permanece a atenção dos operadores para os problemas na safra das origens asiáticas. A produção de açúcar da Índia deve cair 8%, para 33,7 milhões de toneladas em 2023/24, segundo a Associação Indiana de Usinas de Açúcar (ISMA).
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A Tailândia anunciou que reverterá um aumento de 20% nos preços domésticos do açúcar, segundo informações dadas pela Reuters.
MERCADO INTERNO
Depois de bater o maior patamar nominal da série histórica do Cepea, os valores da saca de 50 kg do cristal branco voltaram a operar entre R$ 156,00 e R$ 158,00, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea, da Esalq/USP).
“Observa-se certa resistência por parte dos compradores em negociar a preços mais elevados no mercado à vista, mesmo com oferta de açúcar de melhor qualidade restrita. No geral, a liquidez captada está estável neste final de mês”, destaca o centro.
No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, ficou a R$ 158,21 a saca de 50 kg com alta de 0,13%.
Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 153,60 a saca – estável, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 27,64 c/lb com queda de 2,18%.