Açúcar: Avanço da safra do Brasil segue impactando e NY acumula perdas de mais de 4%

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As cotações futuras do açúcar despencaram nas bolsas de Nova York e Londres nesta sexta-feira (28), impactando em um acumulado semanal expressivamente negativo. O mercado do adoçante voltou a perder forças nesta reta final de semana com forte atenção ao Brasil.

O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York teve desvalorização de 2,09% no dia, a 23,92 cents/lb, com máxima em 24,43 cents/lb e mínima de 23,87 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato caiu 1,17%, negociado a US$ 678,50 a tonelada.

Na semana, o principal vencimento no terminal norte-americano teve queda acumulada de mais de 4%.

Depois de testar recuperação na véspera, o mercado voltou a cair nas bolsas externas nesta sexta com atenção para o petróleo no financeiro, além das informações sobre o avanço da safra 2023/24 no Centro-Sul do Brasil no início de julho que seguem pesando.

“Essa correção já era esperada, porque desde maio a gente via um mercado mais baixista, com o Centro-Sul dando bastante influencia”, explicou ao Notícias Agrícolas Marcelo Di Bonifacio Filho, analista em inteligência de mercado da consultoria StoneX.

No mês de junho, os preços internacionais do açúcar chegaram a cair, mas também tiveram momentos de repique de alta por conta dos temores com o clima na Ásia e Europa. Esse cenário complicado em países desses continentes reforça a importância do Brasil.

A produção de açúcar na primeira metade de julho totalizou 3,24 milhões de toneladas com tempo firme na região, um aumento de 8,86% ante o mesmo período do ano anterior. Por outro lado, segue atenção para o clima impactando as safras da Ásia e Europa.

No acumulado desde 1º de abril, a fabricação do adoçante totaliza 15,47 milhões de toneladas, contra 12,69 milhões de toneladas do ciclo anterior (+21,88%). Por outro lado, segue atenção dos operadores de mercado para a safra asiática impactada pelo clima.

No financeiro, o petróleo tinha queda leve nas bolsas externas nesta tarde de sexta-feira. As oscilações do óleo bruto impactam nos preços dos combustíveis e, consequentemente, na decisão das usinas do Centro-Sul pela produção de açúcar ou etanol.

Por outro lado, o dólar tinha queda leve sobre o real, o que tende a encorajar as exportações, mas dá algum suporte aos preços.

MERCADO INTERNO

Os preços do açúcar têm caído no Brasil com o avanço da safra, mas os negócios ainda estão lentos. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, ficou a R$ 133,23 a saca de 50 kg com baixa de 1,10%.

Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 158,46 a saca – estável, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 25,53 c/lb e alta de 0,16%.

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