Os contratos futuros do açúcar encerraram a sessão desta terça-feira (28) com queda moderada nas bolsas de Nova York e Londres. A pressão principal no dia segue da atenção para a produção do adoçante acima do esperado no Centro-Sul do Brasil no início do mês.
O financeiro positivo, por outro lado, limitou perdas mais expressivas no dia.
O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York teve desvalorização de 0,77%, a 26,99 cents/lb, com máxima em 27,25 cents/lb e mínima de 26,80 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato teve queda de 0,99%, negociado a US$ 738,20 a tonelada.
Depois de alta na véspera, o açúcar cai desde a manhã desta terça-feira com atenção dos operadores para a produção no Centro-Sul do Brasil acima do esperado na 1ª quinzena de novembro, segundo a União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica).
“Os revendedores disseram que o forte ritmo de produção no Brasil estava mantendo o mercado na defensiva”, reportou a agência de notícias Reuters no dia.
A produção de açúcar na primeira metade de novembro totalizou 2,19 milhões de toneladas, segundo a entidade da indústria. Essa quantidade, quando comparada àquela registrada na safra 22/23 de 1,67 milhão de t, representa aumento de 32,09%.
Uma pesquisa com diversos analistas de mercado realizada pela S&P Global Commodity Insights apontava produção de 2,15 milhões de t para o período.
Por outro lado, permanecem as apreensões do mercado com a safra da Ásia e da Europa. A Reuters destacou no dia, com informações do grupo de produtores CGB, que a safra da França pode ser reduzida depois que fortes chuvas inundaram os campos no Norte do país.
No financeiro, o dia foi positivo, com limitação de perdas mais expressivas ao adoçante. O petróleo tinha altas de mais de 1% nesta tarde. O óleo mais valorizado tende a impactar na decisão de produção das usinas, se será mais voltado ao açúcar ou etanol.
Além disso, o dólar tinha queda sobre o real, o que também tende a dar suporte aos preços externos do adoçante por impactar nas exportações.
MERCADO INTERNO
Apesar de oscilações, as quedas têm prevalecido no mercado interno do açúcar. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, ficou a R$ 153,81 a saca de 50 kg com desvalorização de 0,24%.
“No geral, a demanda no mercado doméstico não tem mostrado sinais de aquecimento, o que fez com que algumas usinas baixassem os valores da saca, em especial para o cristal tipo Icumsa 180. Já para o tipo de melhor qualidade, o cristal Icumsa 150, os preços seguiram firmes, uma vez que as exportações seguem aquecidas”, reportou o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea, da Esalq/USP).
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Nas regiões Norte e Nordeste, o açúcar ficou cotado a R$ 154,04 a saca – estável, segundo dados coletados pela consultoria Datagro. Já o açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 28,34 c/lb com valorização de 0,82%.