Os contratos futuros do açúcar encerraram a sessão desta sexta-feira (02) com queda moderada nas bolsas de Nova York e Londres. O mercado do adoçante acompanha as perspectivas positivas com a safra 2023/24 do Centro-Sul do Brasil e também menores temores com a Ásia.
Por outro lado, o financeiro positivo minimizou perdas mais expressivas.
O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York teve queda de 0,60% no dia, negociado a 24,73 cents/lb, com máxima em 24,88 cents/lb e mínima de 24,57 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato teve desvalorização de 0,58% no dia, cotado a US$ 686,10 a tonelada.
Na semana, o principal vencimento do adoçante caiu cerca de 2%.
A safra 2023/24 do Centro-Sul do Brasil avança, após impactos com chuvas durante a maior parte de abril, o que faz com que o mercado renove o otimismo com a oferta do adoçante neste ciclo, já que o país deve ser o principal fornecedor global diante dos problemas nas outras origens.
“A produção acelerada de açúcar no Brasil é baixista para os preços depois que a Unica informou na última quinta-feira que a produção de açúcar do Brasil 2023/24 até meados de maio subiu 48% no ano, para 4,063 milhões de toneladas e que a porcentagem de cana moída para açúcar subiu para 45,6% de 38,5% no ano passado”, disse o Barchart.
Já as outras origens produtoras, principalmente as asiáticas, têm enfrentado nos últimos meses diversos problemas climáticos, o que tem impactado a produção de cana. Porém, o cenário parece estar melhorando por lá, o que também contribui para as baixas nas cotações.
“Houve algumas chuvas pré-monção na Índia e algumas chuvas de monção na Tailândia, diminuindo as preocupações com o abastecimento”, destacou a agência de notícias Reuters.
No financeiro, por outro lado, o petróleo saltava cerca de 2% nesta tarde. As oscilações do óleo impactam diretamente nos preços dos combustíveis e, consequentemente nas exportações, e o dólar tem queda expressiva sobre o real influenciando nas exportações.
MERCADO INTERNO
Os preços do açúcar no mercado físico voltaram ao R$ 150 a saca. Apesar da safra 2023/24 em andamento no Centro-Sul do Brasil, que teoricamente garantiria maior oferta, o cenário ainda é restrito de alguns tipos do adoçante.
No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, foi negociado a R$ 150,84 a saca de 50 kg com valorização de 1,42%.
Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 162,45 a saca – estável, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 26,55 c/lb e queda de 0,70%.